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Documento que está com investigadores holandeses reforça suspeita de propina na campanha de Dilma

Reportagem de Leandro Colon, na Folha deste domingo informa: “Um documento entregue a investigadores holandeses fortalece o depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco de que a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 recebeu US$ 300 mil da empresa SBM Offshore, acusada de pagar propina para obter contratos no Brasil. No dia 7 de setembro de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 01h52 - Publicado em 15 mar 2015, 05h11

Reportagem de Leandro Colon, na Folha deste domingo informa:
“Um documento entregue a investigadores holandeses fortalece o depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco de que a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 recebeu US$ 300 mil da empresa SBM Offshore, acusada de pagar propina para obter contratos no Brasil. No dia 7 de setembro de 2010, a menos de um mês do primeiro turno eleitoral, a SBM, com sede na Holanda, assinou um “adendo” de duas páginas ao contrato que mantinha desde 1999 com o brasileiro Júlio Faerman, então representante da firma no país. Ele é apontado como distribuidor de propinas em troca de vantagem na Petrobras.”

Pois é…

Vamos ver. Neste sábado, publiquei um post no blog informando que o PPS entrou com uma ação do Supremo (Agravo Regimental) pedindo que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o relator do petrolão no tribunal, Teori Zavascki, revejam a decisão de não investigar Dilma. Com base em sólida jurisprudência, está claro que um presidente pode, sim, SER INVESTIGADO por atos anteriores ao exercício do mandato; só não pode é ser processado.

O que vai na Folha demonstra por que é melhor para as instituições que assim seja. Os US$ 300 mil a que se refere Barusco compõem apenas uma das menções a Dilma. Ora, se não houver a investigação, como saber?

A SBM
Esse caso da SBM tem uma trajetória curiosa. A VEJA publicou  reportagem em fevereiro do ano passado informando que auditoria interna da empresa havia encontrado indícios de pagamento de propina a funcionários da Petrobras. E lá já se podia ler:
“O esquema de corrupção no Brasil, de acordo com a investigação interna, era comandado pelo empresário Julio Faerman, um dos mais influentes lobistas do setor e dono das empresas Faercom e Oildrive. Ele assinava contratos de consultoria com a SBM que serviam para repassar o dinheiro de propina para diretores da Petrobras. Essas consultorias previam o pagamento de uma “comissão” de 3% do valor dos contratos celebrados entre a SBM e a Petrobras – 1% era destinado a Faerman e 2% a diretores da petrolífera brasileira.”

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Muito bem! Em março do ano passado, um mês depois da reportagem, a então presidente da Petrobras, Graça Foster, anunciou que uma auditoria interna não encontrara nada de errado. Nesse mês, foi deflagrada a Operação Lava Jato. No começo de novembro, o Ministério Público da Holanda anunciou que a SBM havia sido multada naquele país em US$ 240 milhões em razão de propinas pagas mundo afora, INCLUSIVE NA PETROBRAS.

Só no dia 17 de novembro Graça Foster veio a público para admitir que, de fato, havia indícios de corrupção. Segundo ela, estava com essa informação desde meados do ano…

De volta ao ponto
O documento que está com os holandeses, como se vê, parece, em princípio, combinar com o que disse Barusco. Que Zavascki pense bem quando for analisar o Agravo Regimental do PPS.

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