Há mais ainda sobre a carta. Justamente porque dá um caminho para o principal partido de oposição — ou a briga será dura —, o texto tem importância histórica. Em primeiro lugar, porque é o mais duro, contundente e lúcido texto a descrever o que é o governo Lula; em segundo lugar, mas não menos […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h14 - Publicado em 9 set 2006, 00h27
Há mais ainda sobre a carta. Justamente porque dá um caminho para o principal partido de oposição — ou a briga será dura —, o texto tem importância histórica. Em primeiro lugar, porque é o mais duro, contundente e lúcido texto a descrever o que é o governo Lula; em segundo lugar, mas não menos importante, porque não teme ferir suscetibilidades e chamar de diferença o que, vejam só…, é diferente. Tenho alguns queridos amigos, que prezo demais, que acham psicanálise uma besteira, um truque, quase uma feitiçaria. Eu não acho. Hoje menos, mas já fui um leitor aplicado, compulsivo até, do velho do charuto. O que vou falar a seguir pode parecer banal, mas quem passou pela experiência sabe. Há coisas que nos cercam que conhecemos plenamente, que fazem parte até da nossa rotina, que têm importância basilar nas nossas vidas, mas para as quais não damos a mínima. No processo analítico, devidamente contextualizadas e a depender da cadeia de eventos em que se inserem, iluminam o nosso entendimento sobre o conjunto da obra (no caso, a nossa vida privada). O que faço acima é tentar traduzir o sentido da palavra “insight” no processo analítico. Não se trata de nenhuma grande revelação, de nenhum achado extraordinário, de nenhuma lembrança ou descoberta que nos deixa estupidificados, nada disso. Isso, que é tão pessoal, que se estabelece na relação do indivíduo com o seu analista, pode ser percebido também nos processos sociais. Porra, amiguinhos! O PSDB consegue ver o governo FHC — que é o governo do partido — ser satanizado e se mostra incapaz de defendê-lo!? Os tucanos não conseguem demonstrar, por exemplo, o bem que a privatização da Telebrás fez a todos nós? Permite que continue essa pregação botocuda, ordinária, indigna, contra as privatizações? Não houve no mundo expansão dos serviços de telefonia — e isso é cidadania — na dimensão em que houve no Brasil. E, no entanto, esses pterodáctilos vão à televisão exercitar a sua glossolalia vagabunda. O que é que há? Tem de cair a ficha. Hora do insight. Ou essa gente que vá plantar batatas. Se for assim, antes de voltar ao Planalto, que o PSDB se descubra — ou redescubra — na planície. FHC chamou para si a responsabilidade. E fez muito bem. Estava começando a haver pusilanimidade de sobra à volta. Fez mal para Alckmin? Muito ao contrário. Fez um bem enorme. Quando menos, lembrou a ele e aos demais que há uma história nisso tudo a ser respeitada. Magister dixit.
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