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DILMA: NUM DIA, OS SOCIALISTAS; NO OUTRO, AS SOCIALITES. OU: ELA JÁ METEU O BONÉ DO MST NA CABEÇA

Vejam esta foto e leiam o que segue. Na quarta-feira, publiquei aqui um texto intitulado NA BOCA DA URNA, DILMA FINGE SER KÁTIA ABREU. E até recomendei à presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) que ficasse atenta: caso Dilma Rousseff (PT) perca as eleições, pode querer disputar a presidência da entidade. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h58 - Publicado em 26 jun 2010, 08h55

Vejam esta foto e leiam o que segue.

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Na quarta-feira, publiquei aqui um texto intitulado NA BOCA DA URNA, DILMA FINGE SER KÁTIA ABREU. E até recomendei à presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) que ficasse atenta: caso Dilma Rousseff (PT) perca as eleições, pode querer disputar a presidência da entidade. Por quê?

Em visita a Minas Gerais, Dilma concedeu uma entrevista a uma rádio de Uberlândia e deitou falação contra as invasões de terras e disse não endossar as ações ilegais do MST. Foi muito direta mesmo:
“Quero dizer que sou contra qualquer ilegalidade cometida pelo Movimento dos Sem Terra ou qualquer outro movimento. Acho que ninguém que governe um país, um estado ou um município pode ser complacente com a ilegalidade. Invasão de terra, invasão de campo de pesquisa, invasão de prédio público é ilegalidade. E ilegalidade não é permitido (sic), e ninguém pode permitir que ocorra”.

Por que aquele discurso? Ora, ela falava numa região que tem uma forte presença do agronegócio e que sofre com o banditismo promovido pelo MST. No post a que me refiro acima, escrevi:
Dilma, afinal, pensa como Dilma ou pensa como Kátia? Ou será que veste agora o figurino da legalidade para meter depois o boné na cabeça? Em São Paulo, o PT e/ou Dilma estimularam e deram suporte a greves políticas — alguns líderes escolheram o caminho do confronto, da violência, da ilegalidade…

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Dilma respondeu à indagação menos de 24 horas depois. No dia seguinte, na quinta, compareceu à convenção estadual do PT do Sergipe — estado em que fez carreira o presidente do PT, José Eduardo Dutra — e meteu o boné do MST na cabeça, como se vê naquela foto do alto.

No dia 20 de abril, em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco — estado que tem a seção mais violenta do MST —, ela foi explicitamente indagada se meteria ou não o boné do movimento na cabeça. A candidata não hesitou:
“Acho que não é cabível vestir o boné do MST. Governo é governo, movimento social é movimento social”.

Na quinta, descumprindo o que dissera em Recife e em Uberlândia, não só a candidata petista se submeteu ao ritual como fez o seu discurso com o adereço ideológico na cachola. Em si, ele não é nada. A questão é o que simboliza: desrespeito à lei, violência no campo, financiamento público de um movimento de caráter político.

Eles não têm nenhum receio de falar uma coisa num dia e o contrário no seguinte. Mentem, desmentem-se, enrolam, vão adaptando o discurso ao público a que falam. Depois dos socialistas do Sergipe, na quinta, Dilma foi prestigiar as socialites na casa do empresário Abílio Diniz, na sexta. Certamente se mostrou uma pessoa empenhada em defender o crescimento, a reforma tributária, a lei a ordem — e, naturalmente, a educação e as criancinhas, que são o futuro do país, como vocês sabem bem…

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A promessa do boné durou dois meses; a crítica às ilegalidades do MST não durou dois dias. Também nessa área, Dilma promete levar adiante a política de Lula, um desastre, segundo informações que estavam num site do Planejamento que buscava dar transparência às políticas públicas.

Estava tudo tão transparente que o próprio governo o censurou. Foi tirado do ar.

Se Dilma vencer, o MST já pode ficar tranqüilo: nada vai mudar!
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