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CPMF – Ah, que bonitinho! O PT queria a oposição rachando com Dilma a impopularidade? Ou: O que ela disse e o que ela faz

É certo que a população está indignada com a roubalheira, e a cada novo episódio a revelar a desfaçatez com que essa gente governa o Brasil e a sem-cerimônia com que meteu a mão no dinheiro público, a revolta cresce. Mas não é menos verdade que, fosse outra a situação econômica, talvez Dilma vivesse dias […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h25 - Publicado em 28 set 2015, 04h29

É certo que a população está indignada com a roubalheira, e a cada novo episódio a revelar a desfaçatez com que essa gente governa o Brasil e a sem-cerimônia com que meteu a mão no dinheiro público, a revolta cresce. Mas não é menos verdade que, fosse outra a situação econômica, talvez Dilma vivesse dias melhores. Já escrevi aqui e reitero: em 2005, o mensalão também abalou bastante a reputação de Lula. Mas a economia se encarregou de minimizar os estragos e se sabia que viria pela frente uma jornada positiva. E agora? Bem, agora a situação é radicalmente distinta.

Indignação e crise econômica não compõem uma boa mistura para nenhum governante. Mas é claro que a brutal impopularidade de Dilma decorre do estelionato eleitoral, visível como nunca antes na história e coisa e tal. Notem: em 2003, Lula também jogou fora boa parte das bobagens que disse em campanha. Só que a situação era diferente.

Lula estreou no poder se desmentindo, mas aquilo foi bom para o país. Ainda bem que os petistas jogaram no lixo suas ideias esdrúxulas, que começaram a ser aplicadas para valer só no segundo mandato de Lula e levadas ao extremo no primeiro de Dilma. O estelionato do Babalorixá de Banânia, à sua maneira, pacificava o país; o de Dilma inflama as ruas.

Nesta segunda, vai ao ar o programa do PSDB no horário político. E, mais uma vez, o partido vai confrontar Dilma com Dilma: mais uma vez, se vai pegar o que Dilma fez para confrontar com o que Dilma fala. E, meus caros, fazer o quê? Já presidente, ela se disse, sim, contrária à recriação da CPMF e, numa entrevista à jornalista Patrícia Poeta, em 2011, no “Jornal Nacional”, não teve dúvida: chamou o imposto de “engodo”.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=tHPhbFca900%5D

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Taí. Ela se disse contra a CPMF em 2011. Ainda assim, quando se referiu à dita-cuja, falou sobre a necessidade de arrumar fontes de financiamento para a Saúde. O governo quer, no entanto, criar uma taxação atrelada à Previdência.

O tema apareceu, sim, no debate eleitoral de 2014. Dilma avançou sobre Marina Silva, que não soube se defender, acusando-a de ter votado contra a CPMF, mas de se dizer a favor. A líder da Rede se atrapalha um tanto. Vejam.

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Peixes e petistas morrem pela boca, não?

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É do balacobaco ter de ouvir Dilma dizer que “governar o Brasil requer firmeza, coragem, posições claras e atitude firme”. Aquela que mandou para o Congresso um Orçamento com rombo de R$ 30,5 bilhões para dizer, uma semana depois que havia mudado de ideia, ainda ousou: “Não dá para improvisar”. É bem verdade que ela soltou tudo isso, de forma encadeada, porque estava lendo um papel.

Há quem fique bravo com o PSDB por levar ao ar cobranças assim. Que coisa, né? Vai ver os tucanos, depois de perder a eleição para Dilma, que faz o exato oposto do que prometeu, deveriam agora apoiar a presidente e dizer no máximo: “Viram? Nós falamos que ela estava contando mentiras…”

Não! A presidente tem de responder por suas palavras e por seus atos. Se, no espaço institucional, não for a oposição a cobrar isso dela, será quem? Afinal, as ruas já estão cobrando! Ou alguém sugere que os oposicionistas rachem com Dilma o ônus de governar e a impopularidade?

Deveria haver um limite para a vigarice intelectual e política. Mas, infelizmente, não há.

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