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Câmara impõe relativa derrota a Haddad. Ou: Aposto que IPTU pune áreas em que o PT perdeu a eleição

Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo, este homem novo e bom, conforme se vendeu na campanha eleitoral, perdeu e ganhou na votação do IPTU. Perdeu porque não conseguiu aprovar os absurdos índices de reajuste que pretendia. Ganhou porque, ainda assim, conseguiu um aumento muito acima da inflação. Leiam o que informam Giba Bergamim Jr. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h07 - Publicado em 25 out 2013, 04h35

Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo, este homem novo e bom, conforme se vendeu na campanha eleitoral, perdeu e ganhou na votação do IPTU. Perdeu porque não conseguiu aprovar os absurdos índices de reajuste que pretendia. Ganhou porque, ainda assim, conseguiu um aumento muito acima da inflação. Leiam o que informam Giba Bergamim Jr. e Rogério Pagnan, na Folha. Volto em seguida.

A Câmara aprovou ontem à noite, em primeira votação, uma proposta de reajuste do IPTU na cidade menor do que queria o prefeito Fernando Haddad (PT) –mas, ainda assim, muito acima da inflação. O imposto subirá até 20% para imóveis residenciais e até 35% para os demais em 2014, conforme proposta que tem de passar por nova votação. Na média, a alta deve ser de 18% no ano que vem –superior à inflação anual próxima de 6%, mas abaixo dos 24% que Haddad pretendia. Regiões com maior valorização imobiliária desde 2009 devem sofrer maior impacto.

No total, 31 vereadores votaram a favor. Outros 13, contra –e 11 vereadores não ficaram até o final da sessão. Pelo texto aprovado, imóveis com valorização acima dos tetos de reajuste pagarão novos aumentos nos anos seguintes, mas limitados a 10% e 15%, respectivamente. A aprovação aconteceu após pressão da oposição e de vereadores da base aliada para que Haddad aceitasse mudar seu plano original –que previa tetos de reajuste de 45% (comerciais) e 30% (residenciais) tanto em 2014 como nos anos seguintes.
(…)

Voltei
Haddad queria, quer, encher as burras de dinheiro porque se fala por lá em instituir o passe livre de ônibus na cidade, o que adequaria a sua agenda à dos radicais e também à de setores da classe média endinheirada que acha “liiindo” ver seus filhotes com camiseta na cara e tênis de R$ 1.500 jogando umas pedras por aí… Os mais pobres, evidentemente, não reclamariam da gratuidade. Não tardaria para o sistema ser sucateado, mas quem se importa?

O aumento abusivo de imposto traz uma soma de falsos argumentos, amarrados pela má consciência política. Os petistas dizem que nada mais fazem do que repetir Gilberto Kassab (de todo modo, hoje um aliado…). Ainda que fosse, não foram eleitos justamente contra Kassab? Para fazer diferente? Acho que sim.

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Atrelar a elevação do IPTU à valorização de mercado dos imóveis é argumento razoável só na aparência. Um proprietário não transforma em dinheiro seu imóvel, valorizado ou não, enquanto mora nele. Se e quando vender, pagará o Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). E, pois, dará um quinhão à Prefeitura. Há mais. Se o IPTU será calculado segundo a valorização dos imóveis, caso eles se desvalorizem no ano seguinte, pergunta-se: o imposto vai cair?

Azul e vermelho
Não fiz o mapinha porque demandaria um tempo que eu e minha equipe, composta das minhas duas mãos, não temos. Mas posso apostar que as áreas “mais valorizadas”, que terão o IPTU maior, coincidirão com aquelas que, em 2012, votaram no azul — ou seja, no PSDB. Já as que arcarão com o peso menor votaram no vermelho, o PT. Quem fizer esse cruzamento vai encontrar uma quase coincidência total, aposto.

“Ué! Fazer o quê? E se as áreas que mais votaram no PT tiveram mesmo menos valorização do mercado?” Quem fizesse essa pergunta estaria ignorando que se buscou um critério que coincide com uma espécie de punição dos moradores de áreas que votaram “errado”.

“Mas o natural não seria tentar atrair essas áreas?” O PT sabe que jamais conseguira ser majoritário em determinados bairros da cidade. De resto, precisa de dinheiro. E prefere enfiar a faca naqueles que não são “aliados”.

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