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Calminha aí, BNDES! Cuidado com notas exageradas!

Caaalma, BNDES! A direção do Banco divulgou uma nota, vazada em tom indignado, como é comum neste governo, repudiando a reportagem da Folha de hoje, segundo a qual empresários acusam Israel Guerra de cobrar uma comissão de 5% para atuar em favor da liberação de um empréstimo de R$ 9 bilhões. Leiam um trecho: “Repudiamos […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h13 - Publicado em 16 set 2010, 18h40

Caaalma, BNDES!

A direção do Banco divulgou uma nota, vazada em tom indignado, como é comum neste governo, repudiando a reportagem da Folha de hoje, segundo a qual empresários acusam Israel Guerra de cobrar uma comissão de 5% para atuar em favor da liberação de um empréstimo de R$ 9 bilhões. Leiam um trecho:

“Repudiamos a insinuação de que o Banco poderia estar envolvido em um suposto esquema de favorecimento para a obtenção de empréstimos junto à instituição e consideramos que a tese demonstra um total desconhecimento quanto ao funcionamento do BNDES”.

Li a reportagem da Folha e não encontrei “insinuação” nenhuma! O que existe é o pedido de empréstimo feito pela empresa EDRB, a atuação de Israel, que se ofereceu para facilitar as coisas — parece haver farta documentação, inclusive minuta de um contrato — e o encontro de um representante da empresa com… Erenice Guerra. O texto não acusa conivência do banco.

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Diz ainda a nota do BNDES:
“O projeto em questão foi rejeitado pelo Comitê de Enquadramento e Crédito do BNDES, órgão interno do Banco, formado por seus superintendentes. A aprovação por esse colegiado é condição básica e necessária para que qualquer pedido de apoio financeiro seja encaminhado para análise. Na reunião semanal do Comitê, ocorrida em 29 de março deste ano – e na qual o projeto em questão foi apenas um dos itens discutidos -, o pedido foi negado. A decisão foi tomada pelos 14 superintendentes presentes à reunião, todos funcionários de carreira da instituição.”

O BNDES tome cuidado, viu? Que tal uma investigaçãozinha interna? Segundo informa a reportagem, a proposta da EDRB é de 2002 e, desde 2005 ao menos, estava dormitando no Ministério das Minas e Energia — ainda na gestão Dilma. Segundo o banco, o pedido foi avaliado pelos superintendentes só em março desde ano, na seqüência da quase contratação da Capital, a empresa do Ronaldinho de Erenice. A proposta ficou na fila todos esses anos?

É bom o banco se conter. Daqui a pouco vai parecer que este governo demite as pessoas em razão de reportagens “falsas”, não é?, de sorte que sua inocência determinaria sua demissão. Ora, se é assim, Lula tem de proteger os seus subordinados da sanha dessa “imprensa denuncista e marronzista”, como diria Odorico Paraguaçu, precursor do Babalorixá de Banânia.

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