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BNDES deu R$ 1,199 milhão para ONG de Elza de Fátima, a mulher de Paulinho da Força

Vocês se lembram da Elza de Fátima? Ela é tesoureira do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Também é mulher de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. E ela ainda preside a ONG Meu Guri, aquela que recebeu uma doação de um dos presos acusados de fradar empréstimos do BNDES. Eu escrevi BNDES? […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 19h32 - Publicado em 9 Maio 2008, 06h35
Vocês se lembram da Elza de Fátima? Ela é tesoureira do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Também é mulher de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. E ela ainda preside a ONG Meu Guri, aquela que recebeu uma doação de um dos presos acusados de fradar empréstimos do BNDES. Eu escrevi BNDES? Pois é. O banco, vejam só, deu a bagatela de R$ 1,199 milhão para a ONG de Elza de Fátima, informa Roberto Almeida, no Estadão. Leia trecho:

A ONG Meu Guri Centro de Atendimento Biopsicossocial, presidida por Elza de Fátima Costa Pereira, mulher do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, recebeu do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) R$ 1,199 milhão em uma operação não-reembolsável. Ela foi aprovada em dezembro de 2000 e contratada em 27 de setembro de 2001, mas os repasses ocorreram em 2002 e 2003, período em que integrava o conselho de administração do BNDES o lobista João Pedro de Moura, amigo e ex-assessor de Paulinho. Moura é acusado pela Procuradoria da República de chefiar suposta quadrilha grampeada pela Polícia Federal na Operação Santa Tereza.De acordo com o BNDES, trata-se de um financiamento proveniente do Fundo Social da instituição, para realizar obras nas instalações da ONG, adquirir móveis, veículos, utensílios e capacitar empregados. Segundo o banco, o negócio é “muito antigo” e no momento não há nenhuma operação ativa com a Meu Guri. O último repasse, de R$ 36,6 mil, ocorreu em 25 de abril de 2003. O valor total já foi completamente desembolsado. O BNDES diz ainda que está fazendo auditoria interna. Mas ontem, porém, não soube informar quantas ONGs receberam dinheiro do Fundo Social no período em que a Meu Guri foi beneficiada.A reportagem procurou Elza durante todo o dia de ontem, mas não obteve retorno. Tentou também agendar visita à entidade, que possui uma sede no Tucuruvi, zona norte de São Paulo, e outra em Mairiporã, na Serra da Cantareira. Ela avisou que isso só seria possível com sua permissão e acompanhamento. A visita não foi autorizada. Por fim, acabou emitindo uma nota na qual afirma que a entidade está isenta de irregularidades e explica a doação de R$ 37,5 mil feita por João Pedro de Moura, revelada ontem pelo Estado.

Internet
Único acesso a informações oficiais sobre a ONG, o site https://www.meuguri.com.br. passou por retoques ontem. Até o início da tarde, a página tinha o nome João Pedro de Moura como suplente em seu conselho fiscal. Às 16 horas, porém, o site foi “temporariamente” retirado do ar. Quando retornou, o nome de Moura no conselho havia sido substituído pelo de Eufrozino Pereira da Silva.
Com registro no CNPJ, a empresa Meu Guri foi aberta em 20 de agosto de 1997 para promover “atividades de associações de defesa de direitos sociais”. O endereço declarado é Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, em São Paulo, mas o local é, na verdade, sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, do qual Elza é tesoureira.
A reportagem entrou em contato com a auditoria Moreira & Associados, que tem a ONG entre seus clientes, e foi informada de que os dados relativos à movimentação da entidade são abertos só para sua presidência. O gerente da Moreira & Associados, Marcos Gregolin, estava em viagem ao Rio e não foi encontrado.
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