Barbosa admite atraso no pagamento de obras do Minha Casa, Minha Vida
Na VEJA.com: O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, admitiu, nesta quarta-feira que há atraso nos pagamentos das obras do Minha Casa Minha Vida e afirmou que o governo trabalha para regularizar o programa de pagamentos. De acordo com ele, a reunião desta manhã entre a equipe econômica do governo Dilma Rousseff e os empresários do […]
Na VEJA.com:
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, admitiu, nesta quarta-feira que há atraso nos pagamentos das obras do Minha Casa Minha Vida e afirmou que o governo trabalha para regularizar o programa de pagamentos. De acordo com ele, a reunião desta manhã entre a equipe econômica do governo Dilma Rousseff e os empresários do setor teve como objetivo discutir alternativas para “agilizar” os desembolsos relativos às obras.
Uma das propostas é diminuir o ritmo de construção das moradias contratadas no programa de habitação popular, uma das vitrines da administração petista. Pelos cálculos do setor, o governo deve às empresas entre 1,5 bilhão de reais e 1,6 bilhão de reais. Outra alternativa é estipular um novo cronograma de pagamento. A indústria da construção diz que os atrasos eram de 15 dias, passaram para 30 dias e agora chegam a 60 dias. Já há empresários que ameaçam parar as obras e demitir os funcionários, o que pode agravar ainda mais o índice de desemprego no país.
De acordo com Barbosa, o anúncio do Minha Casa Minha Vida 3 ficará para o segundo semestre. A presidente Dilma Rousseff tinha prometido o anúncio da terceira fase do programa de habitação popular para o primeiro semestre deste ano. “Nossa prioridade agora é agilizar o cronograma de pagamento do 1,6 milhão de moradias que já estão contratadas para garantir o emprego e respeitar os contratos com as empresas”, disse o ministro ao sair da reunião com o setor da construção civil.
Segundo ele, não há definição ainda sobre a terceira fase do programa. Os pontos que estão em aberto são a criação de uma faixa intermediária, o reajuste do valor dos imóveis e a distribuição das moradias por faixa de renda e região geográfica.O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou que a dificuldade neste momento é adequar o ritmo das obras aos recursos disponíveis. “É colocar um sapato 38 num pé 42″, comparou.