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A Petrobras é a prova de que o estatismo é nome da miséria brasileira

Defesa de Dirceu vai dizer que foi o PT, não ele, quem indicou Renato Duque para a diretoria de serviços. Eis por que estatais devem ser privatizadas

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h39 - Publicado em 26 jan 2016, 20h34

Há coisas que são mesmo do arco da velha, do balacobaco. A estar certo o que o informa o jornal O Globo, a defesa de José Dirceu vai dizer ao juiz Sergio Moro que a indicação de Renato Duque, um dos réus da Lava-Jato, para a diretoria de Serviços da Petrobras não foi obra do ex-ministro.

A indicação teria sido feita, ora vejam, pelo diretório estadual do PT. Sílvio Pereira, então secretário-geral do partido, teria encaminhado a questão.

Na última sexta-feira, Fernando Moura, outro lobista, afirmou que Dirceu só teria sido chamado à reunião que decidiria a diretoria da Petrobras para arbitrar uma espécie de empate entre Duque e Irani Varella, que já estava no cargo. Deu Duque.

Pois é…

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Vamos pensar um pouco, querido leitor! Por que um partido político faz tanta questão de nomear o diretor de Serviços da estatal? Existiria um “jeito administrativo petista” de exercer a tarefa?

Vamos ampliar a questão: por que partidos precisam nomear diretores de estatais senão para que estes atuem, à frente da empresa pública, em defesa dos interesses da legenda, de correligionários e seus próprios?

É assim, meus caros, que chegamos ao cancro da República que precisa, de verdade, ser extirpado. Sim, o PT revela que pode se meter em lambanças com mais determinação, com mais vontade e com mais cupidez do que qualquer outra legenda.

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Mas notem que a fonte primitiva de todas as safadezas e desatinos se chama “estatal”. É esse tipo de empresa que tem de acabar. É preciso privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, toda e qualquer estatal, enfim, que exerça uma função que pode ser desempenhada pela empresa privada. Ou é assim, ou, amanhã, outra máquina partidária e outra sorte de interesses podem dela se apropriar.

Não se trata de ser liberal, neoliberal, ultraliberal ou libertário: é só uma questão de bom senso. Empresas privadas que ocupassem o espaço da Petrobras estariam prestando aos brasileiros os mesmos serviços e a preços muito mais baratos. E sem quadrilhas aboletadas lá dentro. O interesse nacional estaria resguardado da mesma forma, uma vez que, por determinação constitucional, toda a riqueza do subsolo pertence ao estado brasileiro.

Enquanto esses dinossauros ficarem assombrando os brasileiros, vamos continuar a nos orgulhar de nossa própria desgraçada. Se o setor de telefonia ainda fosse público, estaria lotado de companheiros, e, em vez de país em rede, estaríamos trocando sinais de fumaça — sem contar o rombo nos fundos de pensão, outro clássico do petismo.

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O estatismo é nome da miséria brasileira.

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