…E Meirelles diz que Brasil vai crescer 3,2%
Na Folha Online:O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira que a projeção de crescimento para a economia brasileira em 2009, de 3,2%, é baseada em “condições presentes” e que é preciso aguardar para ver o efeito que terão as medidas adotadas pelo governo contra a crise.Ele admitiu que a estimativa do BC […]
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira que a projeção de crescimento para a economia brasileira em 2009, de 3,2%, é baseada em “condições presentes” e que é preciso aguardar para ver o efeito que terão as medidas adotadas pelo governo contra a crise.
Ele admitiu que a estimativa do BC diverge dos 4% apresentados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso feito hoje no Rio de Janeiro. Meirelles frisou que o número apresentado pelo presidente é uma meta que vai ser perseguida pelo governo.
“Essas são condições presentes. Vamos aguardar o que será a evolução das diversas medidas tomadas pelo governo no sentido do crescimento”, disse Meirelles durante o 2º Encontro Empresarial Brasil-União Européia.
Citando estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional), Meirelles ressaltou que a expectativa é de que o Brasil cresça acima da média mundial em 2009. O FMI projeta para o país uma expansão econômica de 3%.
No relatório de inflação divulgado hoje pelo BC, a previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano é de 5,6%, contra 5% na previsão de setembro. Para o ano que vem, porém, a estimativa é de retração, com o PIB crescendo 3,2%.
“A projeção para a expansão anual do PIB considera a ocorrência de desempenho favorável em todos os setores da economia, mas em cenário de desaceleração generalizada”, diz o relatório.
O presidente Lula descartou hoje a hipótese de o país entrar em recessão e projetou crescimento econômico de 4% em 2009. Segundo ele, o governo não vai paralisar nenhum projeto em função da crise internacional.
A pesquisa semanal Focus, com economistas ouvidos pelo Banco Central, no entanto, mostra uma redução na previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas) em 2009 para 2,4%, contra 2,5% da projeção anterior.
O presidente do BC destacou que o Brasil está mais forte do que no passado, ao comparar a crise atual a turbulências anteriores. Ele destacou medidas preventivas adotadas como o acumulo de reservas internacionais.