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STJ começa a julgar se tira investigação do caso Marielle das mãos do Rio

Decisão pode levar investigação do assassinato para a Polícia Federal

Por Mariana Muniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 Maio 2020, 07h00 - Publicado em 27 Maio 2020, 06h01

Enquanto a Polícia do Rio corre para fechar o cerco aos novos suspeitos de participarem do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, como o Radar mostrou na semana passada, o STJ começa a julgar a federalização do caso nesta quarta.

Os ministros vão decidir se as investigações do crime ocorrido em 14 de março de 2018 seguirão no Rio de Janeiro, com a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, ou se ficarão sob o comando da União – nas mãos da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

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A discussão sobre a federalização das investigações chegou ao STJ em setembro de 2019 após ser proposta pela então procuradora-geral da República Raquel Dodge. À época, a PGR argumentava que o andamento do caso foi alvo de embaraços.

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Desde o início da discussão, porém, família e defesa de Marielle e Anderson defendem que as investigações sigam no Rio de Janeiro. A própria Polícia Federal defende manutenção do caso com as autoridades do Rio. A opinião foi manifestada em parecer do Ministério da Justiça, que comanda a PF, assinado pelo ex-ministro Sergio Moro.

O trabalho dos dez ministros do STJ que integram o colegiado responsável por analisar a questão não será fácil. Os recentes avanços das investigações no Rio demonstram que ainda há pistas a serem seguidas no quebra-cabeças do assassinato, mais de dois anos depois.

Outro aspecto que torna sensível o julgamento que começa nesta quarta, em plena discussão sobre possíveis interferências do presidente da República na Polícia Federal, é a maior pergunta de todas: Quem mandou matar Marielle e Anderson?

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