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Simpatia com xixi de vaca, bunker de comida… Cenas da pandemia no mundo

Cada país faz o que pode – e o que acredita – para tentar vencer a pandemia que já matou mais de 70.000 pessoa no planeta

Por Manoel Schlindwein Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 abr 2020, 10h14 - Publicado em 8 abr 2020, 08h38

Desde a Segunda Guerra Mundial o mundo não tinha visto desafio tão grande como o da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus – 1,2 milhão de infectados e 70.000 mortos até o momento –, é o que afirmou na terça-feira o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

Quase 1,4 bilhão de estudantes foi para casa, ao menos outro bilhão de pessoas deveria estar confinada em quarentena e, só nos Estados Unidos, a estimativa é de 47 milhões de desempregados em consequência da retração econômica imposta pelo vírus. Algo dessa magnitude faz reavivar antigas histórias nada convencionais, assim como faz surgir outras tantas.

A primeira delas, na Índia, é o sucesso das festas do xixi de vaca, encontros para beber o líquido na esperança de se prevenir da doença. Algumas reuniões são organizadas por membros do partido nacionalista Bharatiya Janata, o mesmo do primeiro ministro Narendra Modi, um antigo entusiasta do uso medicinal da bebida.

Em Nova Déli, combate ao coronavírus inclui beber a “gaumutra”, urina de vaca. (AFP/Reprodução)

A prática é descrita no Ayurveda, a medicina tradicional indiana, com seus bons sete mil anos de história, e foi retomada durante o mandato de Modi por meio da exportação e patenteamento do produto.

A urina de vaca tem grande importância na prevenção de doenças dentro da Ayurveda. (AFP/Reprodução)

Na Alemanha, a correria aos supermercados acendeu um alerta para as autoridades, que foram questionadas sobre um possível desabastecimento. Seria a hora de usar as 800.000 toneladas de alimentos armazenados desde os tempos da Guerra Fria? Um sonoro “não” foi emitido pelo presidente do Escritório Federal de Proteção Civil para tranquilizar a população.

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Depósito de comida em um armazém nos arredores de Berlim, na Alemanha. (Reto Klar/Reprodução)

Trigo, aveia, arroz, lentilhas e leite em pó continuarão armazenados em 150 bunkers construídos ao redor do país a partir dos anos 60 sem previsão de serem acionados. Hoje, a “reserva civil de emergência” garante cerca de 10 kg de suprimentos por cidadão.

A pandemia afetou duramente todos os setores da economia, mas o turismo foi um dos primeiros a sentir o baque. Para tentar manter empregos e a cadeia em atividade, além de colaborar com os esforços de contenção da doença, alguns dos hotéis mais badalados – e caros – de Nova York estão oferecendo diárias grátis.

A hospedagem em quartos com preços que facilmente chegam aos cinco dígitos está disponível para profissionais de saúde, como médicos e enfermeiras. O primeiro anúncio partiu do próprio governador de Nova York, Andrew Cuomo, ao oferecer as acomodações do Four Seasons da rua 57, a uma quadra do Central Park. Outros hotéis de luxo, como o The Plaza e o St. Regis, também devem seguir o exemplo.

Hotel de 52 andares já hospedou Brad Pitt, Oprah Winfrey, Ozzie Osbourne e Cher. (Divulgação/Divulgação)

E quem diria que vinte anos depois do bug do milênio, aquele exótico pesadelo das equipes de TI em 1999, a demanda por programadores de uma linguagem jurássica poderia voltar? Pois é exatamente o que está acontecendo agora, por conta do coronavírus.

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Na sexta-feira, o governador do estado de Nova Jersey pediu a ajuda de voluntários, e foi bastante específico na solicitação: programadores de Cobol. Seu conhecimento servirá para atualizar os sistemas de pagamento de seguro desemprego, criados há 40 anos.

Governador Phil Murphy pede apoio de voluntários para operar mainframes com linguagem Cobol. (Divulgação/Reprodução)

Cobol é uma linguagem de programação de computadores desenvolvida em 1959 – é tão antiga que já no bug do milênio foi preciso tirar técnicos da aposentadoria para fazer as atualizações. A demanda é urgente, pois houve um aumento de 1.600% nos pedidos de seguro – a fila hoje é de 362.000 desempregados.

Nada de mais para alguém como William Lapschies. O americano de 104 anos é o mais antigo paciente a sobreviver ao vírus. Ele teve alta no início da semana passada, o que lhe permitiu celebrar o aniversário na quarta-feira, dia 1º. “Bill”, como é conhecido, sobreviveu a gripe espanhola de 1918 e lutou na Segunda Guerra Mundial.

Mais velho paciente a sobreviver ao coronavírus celebra o aniversário de 104 anos na porta do Edward C. Allworth Veterans’ Home. (Reprodução/Reprodução)
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