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Propina na compra de vacinas faz primeira vítima no governo Bolsonaro

Empresário revelou ao jornal Folha de S.Paulo que o diretor de Logística da Saúde exigiu 1 dólar de propina por dose para comprar vacinas da AstraZeneca

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jun 2021, 22h42 - Publicado em 29 jun 2021, 22h37

A Folha publica nesta terça uma entrevista com o empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, e afirma ter recebido um pedido de propina para negociar vacinas com o Ministério da Saúde. 

Segundo o empresário, o diretor de Logística da pasta, Roberto Dias, foi o intermediário do esquema que poderia render 1 dólar de propina em cada dose da vacina da AstraZeneca, negociada pela empresa.

A cobrança de propina, segundo o jornal, ocorreu num jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro. “Eu falei que nós tínhamos a vacina, que a empresa era uma empresa forte, a Davati. E aí ele falou: ‘Olha, para trabalhar dentro do ministério, tem que compor com o grupo’. E eu falei: ‘Mas como compor com o grupo? Que composição que seria essa?'”, contou Dominguetti.

Ainda segundo o jornal, Dias disse que a compra de vacinas não avançaria dentro do ministério se o empresário não compusesse com o grupo. “Existe um grupo que só trabalhava dentro do ministério, se a gente conseguisse algo a mais tinha que majorar o valor da vacina, que a vacina teria que ter um valor diferente do que a proposta que a gente estava propondo”, afirmou o representante da empresa.

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Dominguetti deu mais detalhes: ​”Aí eu falei que não tinha como, não fazia, mesmo porque a vacina vinha lá de fora e que eles não faziam, não operavam daquela forma. Ele me disse: ‘Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma”.

A Folha perguntou qual seria essa “forma”. “Acrescentar 1 dólar”, respondeu. Segundo ele, 1 dólar por dose. “Dariam 200 milhões de doses de propina que eles queriam, com 1 bilhão de reais.”

Por causa das revelações, a pasta de Marcelo Queiroga anunciou há pouco a exoneração de Dias do cargo de diretor de Logística da pasta. “O ato sairá na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (30). A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (29)”, diz o ministério.

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