Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Radar Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Robson Bonin
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

MP no TCU quer investigar perseguição política da Receita contra Globo

A partir de revelações do Radar, procurador elaborou representação para que o tribunal investigue se há ‘desvio de finalidade’ em ações contra a Globo

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 jan 2020, 07h01 - Publicado em 24 jan 2020, 06h01

Depois de o Radar revelar a devassa da Receita Federal nos contratos da Globo com celebridades da TV e do cinema, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União resolveu pedir à Corte a abertura de investigação contra o Fisco do governo de Jair Bolsonaro.

Assinada pelo procurador Lucas Furtado, a representação pede que o TCU adote medidas para “apurar se as autuações da Receita Federal aos atores contratados pela Globo Comunicação e Participações S/A decorreram de voluntarismo personalíssimo dos agentes responsáveis e/ou determinações da cúpula do Governo Federal, com ofensa aos princípios constitucionais da impessoalidade, isonomia, motivação e moralidade e se tais atos se prestaram apenas à perseguição política e financeira daquele veículo de mídia”.

Além de pedir ao TCU que investigue eventual perseguição política contra artistas e contra a própria Globo, o procurador argumenta que a “pejotização”, por ser uma prática recorrente nas empresas, também deve ser avaliada pelo tribunal. “Apesar da pejotização ser uma prática usual do mercado, o uso dessa modalidade não pode servir de esquiva aos tributos ao Estado”, diz Lucas Furtado.

“Ao meu ver, a utilização dessa modalidade de contratação se assemelha à situação de elisão fiscal, já que um método previsto em lei está sendo utilizado para diminuir a carga tributária inicialmente devida”, segue o procurador.

Continua após a publicidade

Furtado sugere que o TCU atue “de forma a definir quais situações e carreiras profissionais podem utilizar da modalidade de contratação por meio de pejotização, estabelecendo critérios objetivos e técnicos com o objetivo de evitar a ampla e generalizada utilização desse meio de contratação como subterfúgio de recolhimento de carga tributária diminuta aos cofres públicos”.

“A gravidade da suposta irregularidade veiculada quanto à perseguição de atores da emissora Globo pela Receita Federal merece a apuração desse Tribunal porque, a se confirmar a existência da suposta perseguição, as autuações daquele órgão não terão legítima motivação ou critério técnico justificável, e, sendo assim, restará caracterizado, no mínimo, desvio de finalidade e flagrante atentado aos princípios constitucionais da impessoalidade, isonomia, motivação e moralidade”, segue Furtado.

Para além da investigação, o procurador sugere que o Leão zere o jogo com os globais e não aplique punições retroativas, pois a prática de “pejotização” era aceita pelo próprio órgão até pouco tempo. “A prática é usual no mercado e não pode ser pretexto para perseguição”, diz.

Continua após a publicidade

Quanto às empresas, o procurador diz que devem passar a tributar a atividade de pessoa física como pessoa física para não ter problemas no futuro.

Durante a semana, o Radar mostrou que mais de 30 artistas da Globo foram autuados pelo Fisco a explicar as relações de trabalho com a emissora. Nas próximas semanas, a Receita vai decidir se transforma as autuações em processos.

(Receita Federal/Reprodução)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.