Lira e Pacheco tentam mediar relação de Bolsonaro com governadores
Com um mês de mandato no comando das Casas do Congresso, a dupla já percebeu que o equilibrismo é vital
Rodrigo Pacheco e Arthur Lira já sentiram o baque da missão que assumiram, ao tentar posar de bons amigos de Jair Bolsonaro. A dupla já reclama, por exemplo, do fardo que carregam por atuarem como mediadores nessa relação entre Bolsonaro e os governadores.
O agravamento da pandemia levou o presidente a regredir ao estágio em que culpava os chefes dos estados pelo fechamento das cidades, para não ter que assumir os erros do seu Ministério da Saúde e a lentidão no plano de combate ao vírus.
Nessa briga, a dupla que comanda o Congresso tende a se posicionar ao lado dos governadores, mas como não deseja brigar com Bolsonaro, precisa se equilibrar no debate de modo a não ferir o frágil temperamento presidencial.
Defende — sob o ponto de vista dos governadores — a vacina e a pressão para que Eduardo Pazuello deixe de ser uma trava na compra das doses, por exemplo, mas marca reunião com Bolsonaro em pleno fim de semana só para que o presidente apareça na foto e faça de conta que está, de fato, focado na saúde e na imunização.
Com um mês de mandato no comando das Casas do Congresso, a dupla já percebeu que o equilibrismo é vital.