Investidores internacionais voltam a pressionar Bolsonaro sobre Amazônia
Grupo de 51 investidores estrangeiros, cujos fundos somam 7 trilhões de dólares, cobra do governo medidas contra desmatamento na Amazônia
Um grupo de 51 investidores estrangeiros, cujos fundos somam 7 trilhões de dólares, divulgou uma nova carta direcionada ao presidente Jair Bolsonaro com cobranças de ações concretas contra o desmatamento na Amazônia.
O documento, obtido pelo canal MyNews, mostra que a iniciativa ganhou signatários nacionais de peso, representantes dos bancos Santander e Itaú. “Estamos ansiosos para ouvir do governo brasileiro como ele colocará em prática esses blocos de construção para uma estratégia bem-sucedida de combate ao desmatamento ilegal”, dizem os investidores na carta, batizada de Diálogo de Política de Investidores sobre Desmatamento (IPDD na sigla em inglês).
O grupo reconhece o compromisso de Bolsonaro de acabar com o desmatamento ilegal até 2030 e os impactos do combate à pandemia do coronavírus nas finanças públicas, mas ressaltam que as ações adotadas no governo afastam o país da meta.
“A perda florestal em 2020 atingiu o maior patamar em 12 anos e, embora os meses da estação chuvosa de janeiro e fevereiro indiquem uma melhora neste ano, notamos que o período de pico de preocupação na estação seca ainda está por vir e que os dados do mês passado foram piores do que em março de 2020”, diz o documento obtido pela jornalista Juliana Braga.
Assinam o texto os co-presidentes do IPDD Jan-Erik Saugestad, CEO da Storebrand Asset Management, um fundo norueguês, e Graham Stock, sócio da BlueBay Asset Management, um fundo europeu.