‘Hora é de cobrar pelas vacinas, decreto de armas é cortina de fumaça’
Presidente da Frente Nacional de Prefeitos acredita que diante de escassez de imunizastes, foco deve ser na vacinação
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB-SP), que preside a Frente Nacional de Prefeitos, acredita que o decreto de armas de Jair Bolsonaro é uma “cortina de fumaça” para tirar o foco do maior problema que acomete o Brasil no momento: a falta de vacinas contra a Covid-19.
“A hora não é de brigar por causa desse decreto, que é o que o governo quer, mas de cobrar pela falta das vacinas. Tenho recebido telefonemas de prefeitos de todo o Brasil, e a situação é dramática”, disse o prefeito ao Radar.
Nesta terça-feira, a Frente Nacional de Prefeitos, que representa municípios acima de 80 mil habitantes, soltou uma dura nota cobrando um cronograma de vacinação do governo — e criticando a publicação dos decretos na última sexta-feira.
Mas na avaliação de Donizette, os prefeitos não podem entrar “na do governo” e perder o foco na vacinação. “A cobrança por esse decreto absurdo, que inclusive usurpa a competência do Congresso, deve vir depois, até mesmo junto à sociedade”, afirmou.
Na última sexta, às vésperas do Carnaval, Bolsonaro editou uma série de normas para facilitar o acesso e aumentar o limite para aquisição de armamentos e munições.