Fundo dos ferroviários mantém diretoria alvo de críticas de servidores
Refer reúne 34 mil associados e tem patrimônio de R$ 5,6 bilhões.
O fundo de pensão dos ferroviários, o Refer (Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social) manteve no seu comando diretoria que é alvo de críticas de servidores. Uma nova composição do Conselho Deliberativo, órgão máximo do Refer, decidiu não mexer nos três diretores.
Funcionários do fundo criticam o nepotismo e a ingerência política. Circula uma lista com nomes de pelo menos 15 empregados que são parentes de servidores do Refer. Com salários que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil, nessa relação tem amigo de deputado e cumpadre de um ex-presidente da Refer que chegou a ser preso.
Um grupo político ligado ao antigo PR, de Valdemar Costa Neto e Paulo Feijó, ambos ex-deputados, controla o Refer.
O conselho da Refer já negou interferência política no recrutamento e seleção de diretores e que, por unanimidade, decidiu manter a atual diretoria, “conforme habilitação da Previc, órgão fiscalizador”.
O Refer tem um patrimônio líquido de R$ 5,6 bilhões e cerca de 34 mil associados em todo o país.
Na reunião da semana passada, o Conselho Deliberativo, presidido por Renata Teti de Vasconcelos, decidiu acionar a Polícia Federal para investigar mensagens anônimas de ameaças aos conselheiros. Segundo ela, com objetivo de “desestabilizar sua governança e gestão”.
Nos grupos de redes sociais dos funcionários, foram várias as mensagens críticas às práticas do nepotismo e da ingerência política no fundo. No mesmo dia da reunião, Renata foi nomeada presidente do metrô do Recife, nomeação que foi alvo de críticas de funcionários.