Jair Bolsonaro, como o Radar registra na edição de VEJA que está nas bancas, decidiu adotar uma postura moderada no comando do governo. Depois de abrir tantas brigas e de ter se associado aos setores mais radicais do bolsonarismo, o presidente, segundo auxiliares, teria percebido que esse caminho só lhe traria ainda mais problemas.

Sem declarações polêmicas na porta do Alvorada nem ataques velados ao STF, ao regime democrático ou a decisões do Congresso, Bolsonaro fechou a primeira semana se comportando como um presidente normal, acompanhando obras da administração no Nordeste.

Essa “trégua” comemorada pela ala moderada do Planalto, no entanto, tem sério risco de ser boicotada pela ação dos radicais do governo.

Fontes do meio jurídico de Brasília revelaram ao Radar que deputados bolsonaristas alvos do STF começaram a garimpar em processos de delação da Lava-Jato informações que, na visão deles, poderiam ser usadas para atacar o presidente da Corte, Dias Toffoli.

O relator das investigações contra os bolsonaristas, Alexandre de Moraes, também está na mira da ação. No caso do relator dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, as buscas ocorreriam em São Paulo e teriam relação com o tempo em que o ministro manteve um escritório na capital.

Nas redes sociais, onde o gabinete do ódio opera seus robôs, postagens com fatos relacionados a Toffoli e Moares já começaram a surgir nos últimos dias. Como é comum aos bolsonaristas, os ataques são apoiados em fake news.