Defesa de Paulo Preto pede anulação de provas obtidas na Suíça
Em ação que investiga lavagem de R$ 100 milhões em favor da Odebrecht e da UTC
Na defesa prévia entregue ao juiz Luiz Antônio Bonat, os advogados de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, afirmam que as provas obtidas pelo MPF na Suíça estão irregulares, e devem ser anuladas.
Segundo os advogados, a denúncia que investiga a lavagem de ao menos R$ 100 milhões em favor da UTC e da Odebrecht utiliza poucos elementos de prova.
Eles são baseados, sobretudo, nas delações Marcelo Abbud e Samir Assad e em documentos bancários remetidos pela Suíça.
A defesa prossegue, dizendo que os depósitos bancários obtidos pelo MPF como resultado da cooperação internacional fogem do padrão enviado pela Suíça.
“(…) seja porque em outro formato (word), seja porque desprovido de numeração de identificação comum a todos os demais documentos remetidos por aquele país estrangeiro, seja porque timbrado em papel de instituição financeira diversa, seja porque apócrifo”, escrevem os advogados.
E concluem, com um pedido de anulação: “Tal fato demonstra, Excelência, fundada dúvida na procedência legítima da referida documentação (…)”.