CPI completa um mês nesta semana com foco na cloroquina de Bolsonaro
Conhecida como Capitã Cloroquina, a secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro vai depor nesta terça-feira
A CPI da Pandemia no Senado vai começar os trabalhos desta semana — quando completa um mês de funcionamento, na quinta-feira — focada nos medicamentos defendidos pelos presidente Jair Bolsonaro contra Covid-19, apesar de não terem eficácia cientificamente comprovada contra a doença.
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Caberá à secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, responder aos senadores sobre a sanha do governo pela cloroquina e afins, na terça-feira. A depoente ficou conhecido pelo apelido Capitã Cloroquina e foi citada na semana passada pelo ex-ministro Eduardo Pazuello como responsável pelo TrateCov, aplicativo da pasta que prescrevia o remédio até para crianças e gestantes.
No fim de semana, o site Metrópoles revelou vídeos do ex-auxiliar direto de Bolsonaro Arthur Weintraub relatando movimentos iniciais em favor da cloroquina no Planalto. Ele também virou alvo da CPI para futuro depoimento.
Ainda sem data certa, os próximos a falarem na CPI são a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Os dois deverão responder sobre a saga do Brasil na busca por vacinas contra a Covid-19.
Até o momento, não faltou trabalho à comissão, que se reúne três vezes por semana. Os técnicos do Senado já disparou mais de 1.100 ofícios para diversos órgãos e já receberam pelo menos 308 documentos, com milhares e milhares de páginas.
Além disso, os senadores já aprovaram 252 dos 628 requerimentos apresentados até a sexta-feira passada. A reunião de quarta-feira, aliás, deverá ser exclusiva para apreciação de pedidos mais polêmicos — novas convocações, principalmente.