‘Brasil não pode caminhar para colapso hospitalar absoluto’, diz Dino
Chefes de 23 estados -- somente quatro estados ainda não aderiram: Rondônia, Roraima, Acre e Tocantins -- vão divulgar carta nesta segunda
Um dos articuladores da frente de governadores que se forma nesta segunda para tentar combater de modo estratégico o avanço do coronavírus em todo o país, o governador do Maranhão, Flávio Dino, afirma que o Brasil só sairá da crise se tiver “coordenação nacional”, algo considerado por ele essencial no momento.
Desde que o país começou a mergulhar no pior momento da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro resiste a assumir a liderança da crise. O presidente, na contramão de tudo que vem sendo feito no país para combater o avanço da pandemia, segue desencorajando a população a manter o isolamento social, atenta contra o uso de máscaras e insiste em boicotar a atuação de governadores e prefeitos.
“O Brasil não pode caminhar para um colapso hospitalar total e absoluto. Em uma Federação, coordenação nacional é essencial. Se o governo federal não quer exercer esse papel, alguém tem que fazer”, diz Dino.
Os estados que já estão juntos no movimento são Amapá, Piauí, Paraíba, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Distrito Federal, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ceará, Sergipe, Goiás, Maranhão, Amazonas, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Segundo o governador Wellington Dias (PT-PI), porta-voz do grupo, disse ao jornal Folha de S.Paulo, alguns pontos que podem entrar nesse acordo nacional são o de proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir de um determinado horário e o de impedimento de eventos com aglomeração.
Ao Radar, três governadores disseram que as medidas ainda serão discutidas e que o primeiro passo do grupo será divulgar a carta com uma mensagem clara ao país sobre a gravidade do momento e importância de uma coordenação nacional contra a pandemia.