Ataque de Witzel a Aras vem horas depois de parecer desfavorável da PGR
Nesta segunda, chefe do MPF apoiou questionamento no STF sobre política do 'tiro na cabecinha' do Rio
O ataque de Witzel à atuação do MPF no combate à entrada de drogas e armas pesadas no Brasil, feito há pouco, vem um dia depois de o procurador-geral da República, Augusto Aras, ter concordado com o questionamento, no STF, de duas diretrizes da política de segurança pública adotada pelo governador do Rio de Janeiro.
Nesta segunda-feira, Aras encaminhou uma manifestação na ação proposta pelo PSB em que vê como inconstitucional o fim do adicional pago a agentes públicos que apresentem redução em índices de letalidade em operações policiais e a utilização de helicópteros como plataformas de tiro.
No documento, o PGR afirma que os decretos de Witzel não atendem “padrões mínimos de razoabilidade”, e disse que as medidas, assim como as declarações públicas do governador do Rio, “evidenciam desvio de finalidade nas práticas administrativas adotadas em matéria de segurança pública na localidade, afrontando os preceitos fundamentais da dignidade humana e da vida”.