Alívio parcial no caixa
O governo acaba de reduzir, por decreto, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina. A Cide cai de 0,23 centavos para 0,19 centavos por litro. Assim, a Petrobras receberá mais 0,04 centavos por litro sem alterar os preços para o consumidor. Na prática, o governo manteve o “congelamento” dos preços da gasolina […]
O governo acaba de reduzir, por decreto, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina. A Cide cai de 0,23 centavos para 0,19 centavos por litro. Assim, a Petrobras receberá mais 0,04 centavos por litro sem alterar os preços para o consumidor.
Na prática, o governo manteve o “congelamento” dos preços da gasolina – uma espécie de cláusula pétrea de Dilma no combate à inflação – mas a Petrobras poderá engordar seu caixa em cerca de 73 milhões de reais por mês.
Parece um valor alto. E é. Menos para a Petrobras: pelos seus cálculos, o prejuízo mensal por causa da manutenção dos preços da gasolina nos valores atuais é de dez vezes mais do que isso.
Mais: a redução da Cide acontece em um momento em que a Petrobras aumenta a importação de gasolina, transformando em prejuízo real a defasagem do preço da gasolina domestica em relação as cotações internacionais.
O próprio diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, afirmou que a Petrobras deve encerrar 2011 com uma média diária de importação de 30 000 barris de gasolina – o quadruplo do registrado em 2010..
Em fevereiro do ano passado, o governo utilizou-se do mesmo mecanismo para manter o preço da gasolina inalterado e aliviar a Petrobras. Na ocasião, baixou por três meses a alíquota da Cide de 0,23 centavos para 0,15 centavos por litro.