A artimanha do grupo de Raquel para não perder a PGR
Escolha do novo procurador-geral virou 'bingo de igreja' -- toda semana alguém canta uma pedra e uma hora Bolsonaro completa a cartela.
As chances de Raquel Dodge ser reconduzida por Jair Bolsonaro na PGR são remotas, mas seu grupo de aliados ainda acha que pode emplacar um amigo na chefia do órgão.
Braço-direito de Dodge, Alexandre Camanho tenta vender a ideia de que a carreira dos procuradores da República apoiaria a indicação do vice-presidente do Conselho Superior do MPF, Alcides Martins.
A escolha do novo PGR virou “bingo de igreja”. Toda semana alguém canta uma pedra — uma hora Bolsonaro completa a cartela.
(ATUALIZAÇÃO, 15h35: a assessoria do procurador Alexandre Camanho enviou ao Radar o seguinte esclarecimento: “O que Alexandre Camanho fez foi apenas explicar para alguns poucos jornalistas como se dá o funcionamento da interinidade caso todo o trâmite para a indicação do novo titular de PGR não termine antes do fim do mandato de Dodge. O processo está previsto no artigo 27 da LC 75/93: ‘O Procurador-Geral da República designará, dentre os integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, o Vice-Procurador-Geral da República, que o substituirá em seus impedimentos. No caso de vacância, exercerá o cargo o Vice-Presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, até o provimento definitivo do cargo.’”)