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Por Mario Mendes
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Eike, o cabelo não nega

Desde que fanfarrão Donald Trump deu início a sua chanchada política, fiquei intrigado com o penteado do homem. Eu e o mundo inteiro.

Por Mario Mendes Atualizado em 2 fev 2017, 08h49 - Publicado em 27 jan 2017, 16h38

Desde que fanfarrão Donald Trump deu início a sua chanchada política, fiquei intrigado com o penteado do homem. Eu e o mundo inteiro. Porém, como jornalista com vivência de pelo menos três décadas nas trincheiras fashion, aparências têm sobre mim um efeito devastador. “Somente pessoas superficiais não julgam pelas aparências”, já dizia Oscar Wilde. Claro que eu já conhecia Trump pela fama de magnata celebridade da era yuppie – sempre acompanhado da loiríssima Ivana, sua primeira mulher – mas ele então ainda ostentava uma cabeleira decente. Penteado cafona, mas decente. E comecei a me perguntar se alguém, em sã consciência, compraria um carro usado, ou faria qualquer outro tipo de negócio com alguém com aquele cabelo.

Ano passado, por ocasião do imbróglio Brexit, prestei atenção em Boris Johnson, o secretário para Assuntos Externos e a Commonweatlh do governo britânico, conservador até o último fio de sua cabeleira desgrenhada de personagem dos Muppets. Tão fanfarrão, indelicado e inconveniente como Trump, com quem também divide a mesma característica: o cabelo ruim.

Enquanto isso, por aqui assistimos à novela estrelada pelo ex-bilionário caído em desgraça, Eike Batista. Sobre ele nem se pode dizer que trata-se de pessoa com o cabelo ruim, mas sim de personagem com deficiência no departamento capilar. Ele usa peruca. Ou melhor, recorre a uma prótese desenvolvida por uma empresa italiana, mas apresentada ao público como tratamento para o couro cabeludo. Em edição de 2010, a revista Piauí investigou a fundo o aplique do então “homem mais rico do Brasil e o oitavo do mundo” e revelou, entre outras, que Batista teria desembolsado 50.000 reais pelo serviço, em uma sessão com três horas de duração. Tudo para substituir os ralos fios pintados de acaju que mal lhe cobriam o início da testa (aquela aparência o que os gaiatos antigos chamavam de “pouca telha”), por franja e topete em um tom de negro quase natural. O texto também entregava que Paulo Maluf e José Dirceu haviam se submetido ao mesmo procedimento. Como se diz hoje em dia, no popular: “Só gente top”.

Não, eu não acredito que a incidência do cabelo ruim esteja imediatamente ligada às bizarrices de Trump, a falta de noção e decoro de Boris Johnson ou ao apego por esquemas duvidosos de Eike Batista. Mas não resta dúvida que penteados – assim como o figurino e as maneiras no trato com os outros – denotam tanto elegância e bom gosto, quanto cafonice. Algumas pessoas são cafonas de alma. Atenção para o refrão…

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