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Não estou mais no caso, diz delegado sobre tiros à caravana de Lula

Wilkinson Fabiano Arruda, plantonista no dia dos disparos contra a comitiva do petista, afirma que houve redistribuição do inquérito, sem justificativa

Por Guilherme Voitch 29 mar 2018, 20h19

O delegado Wilkinson Fabiano Arruda, que estava de plantão na delegacia de Laranjeiras do Sul (PR) e atendeu o caso dos disparos contra os ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou ao blog Veja Paraná que não investiga mais a ocorrência. “Não estou mais no caso”, disse.

A regra da Polícia Civil determina que o delegado plantonista fica responsável pelas ocorrências registradas em seu plantão. No caso, porém, houve uma redistribuição para o delegado titular de Laranjeiras do Sul, Helder Lauria. “É possível redistribuir um inquérito desde que justificadamente. Até agora não vi nenhuma justificativa do Departamento de Polícia Civil para isso, o que é uma pena”, afirmou.

Na quarta-feira, 28, Arruda divulgou uma nota em que reafirma sua avaliação inicial, feita ainda no local dos disparos, de que o inquérito deveria ser tratado como tentativa de homicídio. “Não há precipitação alguma em se concluir o óbvio, que se há disparo de arma de fogo em direção a diversas pessoas em um ônibus, isso será considerado, em um primeiro momento, tentativa de homicídio, aqui e em qualquer lugar do mundo”, diz a nota do delegado.

Antes, Lauria havia dito que Arruda havia sido “superficial” e dado informações que “não condiziam com a realidade da investigação”. Lauria afirmou que a Polícia Civil iria tratar o crime como “disparo de arma de fogo e dano”. Desde que foi retirado da investigação, Arruda diz estar trabalhando “normalmente” em outras investigações.

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Precariedade

Oficialmente, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) nega o afastamento de Arruda do caso, mas o blog apurou que, desde o início, as declarações do delegado não foram bem recebidas pelo governo. Nesta quinta-feira, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o governador Beto Richa (PSDB) criticou a afirmação de Arruda de que haveria falta de quadros na Polícia Civil e condições precárias de trabalho no Instituto de Criminalística. Para Richa, Arruda mentia e “aproveitava o incidente para fazer críticas ao governo”. “Sempre tem os esquerdopatas no meio do funcionalismo”, disse.

Em entrevista coletiva, duas entidades de delegados saíram em defesa de Arruda. “A declaração do governador Beto Richa foi deplorável. Como pode o ocupante de chefe do Executivo do Paraná se referir a um servidor público, delegado de polícia, dessa forma, sendo que ele só denunciou as péssimas condições de trabalho a que toda Polícia Civil do Estado está submetida? Condições essas que temos denunciado ostensivamente sem que nada seja feito”, questionou Cláudio Marques Rolin e Silva, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná.

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