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O jogo mais antigo do mundo

Mesmo quem não conhece as regras do xadrez cultiva um silencioso respeito diante do tabuleiro

Por Maicon Tenfen 5 abr 2018, 12h50

Criado provavelmente pelos hindus, aprimorado pelos persas e difundido pelos guerreiros islâmicos, o Xadrez foi usado como guia moral na Idade Média e metáfora política predileta do Iluminismo.

— O mundo inteiro é como um tabuleiro de xadrez — escreveu o filósofo John Locke. — A sociedade desse tabuleiro são os homens deste mundo, todos tirados de uma bolsa comum… E quando o jogo chega ao fim, tal como eles vieram de um lugar e de uma bolsa, assim também serão colocados de volta a um lugar, sem distinção entre o rei e o pobre peão.

Devido a seu caráter ao mesmo tempo lógico e artístico, o xadrez desempenhou papel preponderante no desenvolvimento da ciência cognitiva e na estética da arte moderna. Às portas do século 21, os engenheiros da inteligência artificial partiram da estrutura enxadrística para criar e aprofundar suas teorias.

Saíram-se bem. Em 1997, o campeão mundial Gary Kasparov perdeu uma série de partidas para um certo Deep Blue, o supercomputador da IBM programado para “pensar sozinho”.

Impressionante é o número e a variedade de personalidades que dedicaram parte de suas vidas ao xadrez. De Karl Marx a Georg Bernard Shaw, de Ivã o Terrível a Abraham Lincoln, de Voltaire a Jorge Luis Borges, de Samuel Beckett a Woody Allen, todos de alguma forma se envolveram com os peões, as torres, os cavalos, os bispos, os reis e as rainhas que se enfrentam sobre as 64 casas brancas e pretas do tabuleiro.

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Mais que um jogador dedicado, Benjamin Franklin escreveu ensaios e teorizou sobre o jogo.

Houve até quem abandonasse tudo para se concentrar exclusivamente no xadrez, caso do artista plástico Marcel Duchamp, que em determinada altura de sua carreira elegeu o tabuleiro como a maior das manifestações artísticas.

Também não se podem esquecer as celebridades oriundas dos próprios campeonatos de xadrez, como o já citado Kasparov e o recluso Bobby Fischer (morto em 2008), o único jogador americano a obter o título mundial.

Além de aguçar o pensamento lógico e o espírito competitivo, jogar xadrez, como ensina Locke, é um eterno exercício de humildade.

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