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Um ministério para os filhos de Bolsonaro chamarem de seu

Comunicação em novas mãos

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 18h52 - Publicado em 12 jun 2020, 09h00

A digital aos irmãos Carlos, vereador, e Eduardo, deputado federal, pesou mais do que se supõe na escolha de Fábio Faria (PSD) para titular do Ministério das Comunicações, uma costela a separar-se do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Para lá será transferido o “gabinete do ódio” que funciona no Palácio do Planalto sob o comando de Carlos, o Zero Dois.

Não fosse a carga negativa que o nome evoca, a nova pasta poderia ser chamada de Ministério da Propaganda. Porque em grande parte foi recriada justamente para isso – cuidar da propaganda dos feitos do governo do presidente Jair Bolsonaro. Orçamento: R$ 2,3 bilhões. Ali ficará alojada a Secretaria de Comunicação, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e os Correios.

O partido de Fábio Faria foi criado para não ser de direita, nem de esquerda, nem de centro, como observou à época seu fundador, Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo. A escolha de Fábio para ministro não passou por Kassab, embora ele a tenha elogiado. Nem pelo PSD. Foi privativa da família Bolsonaro. Ao comentá-la, o presidente disse que não sabia a que partido Fábio é filiado.

Preferiu justificar a escolha simplesmente assim: “Vamos ter alguém (no Ministério) que não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que ele tem junto à família do Silvio Santos”. Por ser casado com uma das filhas do empresário e apresentador de programa de televisão Silvio Santos, Fábio deverá, portanto, entender de comunicação.

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De apoiar governos, Fábio entende. Deputado pelo quarto mandato, ele apoiou o segundo governo de Lula, os dois de Dilma e o de Temer. Uma vez que as redes sociais lembraram seu passado, achou prudente apagar tudo o que havia postado a respeito dos ex-presidentes. O primeiro ato de Fábio como ministro foi convidar Filipe Martins para cuidar da área digital do ministério.

Discípulo confesso do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, guru dos Bolsonaro, Martins é o atual assessor especial da presidência da República para Assuntos Internacionais. Está sempre ao lado de Bolsonaro em viagens ao exterior. É amigo de Carlos, Eduardo e Flavio, esse senador. Os três filhos aprovaram com entusiasmo o convite que Martins recebeu.

Eles, agora, ganharam um ministério para chamar de seu.

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