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Um governo que gosta de colher vexames

Ministra Cármen Lúcia barra posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho

Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jan 2018, 11h48 - Publicado em 22 jan 2018, 03h58
Ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (Carlos Moura/STF)

Tudo o que o presidente Michel Temer não queria era que o caso da nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para ministra do Trabalho fosse parar nas mãos de Cármen Lúcia, de plantão no Supremo Tribunal Federal enquanto seus colegas não voltam das férias. Foi o que deu. E no que deu.

Há pouco, a ministra suspendeu a posse de Cristiane marcada para logo mais às 9h. Seria uma posse quase clandestina, restrita a poucas pessoas, muito diferente daquela montada e desmontada há duas semanas pelo governo e que atraiu quase 200 convidados do ex-deputado Roberto Jefferson, pai de Cristiane.

Três decisões da Justiça em primeira instância abortaram a posse. Uma, do Superior Tribunal de Justiça, anunciada no último sábado, garantiu a posse. Por não ter sido ainda publicada, a ministra Cármen Lúcia concedeu liminar suspendendo a posse por enquanto. Poderá mais adiante cassar ou manter a liminar.

O Ministério do Trabalho está há mais de 15 dias sem titular. Temer chegou a escolher para o cargo o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), mas o ex-presidente José Sarney vetou. O deputado é adversário político dele no Maranhão. Temer engoliu o veto porque, como admitiu, deve muito a Sarney, viu? Sabe como é…

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Deve menos, mas deve também a Jefferson, que garantiu o apoio do PTB para aprovar a reforma da Previdência. Um presidente tão endividado assim só colhe vexames e só governa por favor. A reforma da Previdência não será aprovada tão cedo. Cristiane poderá assumir o ministério, mas ao preço de mais desgaste para Temer.

Pesa contra ela o fato de ter sido processada duas vezes na Justiça do Trabalho. Juristas entendem que isso não basta para impedir Cristiane de virar ministra. O moral e o legal são coisas distintas. A nomeação de Lula para ministro de Dilma foi considerada “desvio de finalidade” pelo ministro Gilmar Mendes. Por isso ele a barrou.

Em dezembro passado, Cármen Lúcia suspendeu parte do indulto de Natal assinado por Temer que beneficiaria no futuro alguns dos condenados pela Lava Jato. Temer está convencido de que a ministra não gosta dele.

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