Adiamento das eleições é possível. Transferência para 2022 das eleições municipais marcadas para outubro próximo, improvável. Uma hipótese remota. Porque implicaria na prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores, mas não só.
Quem ganharia com a transferência? Pela ordem: Jair Bolsonaro, que não formou seu partido a tempo de disputá-las. De novo Bolsonaro, que driblaria o risco de se tornar o alvo principal das críticas da maioria dos candidatos.
Perderiam também os aspirantes a candidato a prefeito e vereador porque teriam de esperar mais dois anos. Perguntem se eles concordam… Portanto, além de Bolsonaro, só os atuais prefeitos e vereadores ganhariam com isso. Nem pensar.
O que deverá acontecer? Se o coronavírus inviabilizar as eleições este ano, elas acontecerão no próximo, e o mais cedo possível. A legislação encurtou o prazo das campanhas. A Justiça Eleitoral está nos cascos para garantir que elas ocorram.
Embora diga que o problema é do Congresso, o ministro Luiz Roberto Barroso, que em maio assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, é contra deixar as eleições para 2022. O povo, segundo ele, só aprende a votar votando. E muito.
(Aviso de utilidade pública: Na próxima eleição presidencial, antes de digitar na urna o número do seu candidato, passe álcool gel nas mãos. E vote melhor.)