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Por Coluna
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Só descobrindo o Brasil outra vez

A saída é começar tudo de novo

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 2 jun 2018, 08h00 - Publicado em 2 jun 2018, 08h00

O general Charles De Gaulle, presidente da França nos anos 60 do século passado, jamais disse uma frase que lhe atribuíram e que ficou famosa: “O Brasil não é um país sério”. Mas se tivesse dito, não estaria de todo errado. Quem sabe não estaria certo?

Combustíveis são commodities. Assim sendo, como outra qualquer outra commodities, seu preço varia de acordo com o mercado internacional. Isso vale, por exemplo, para o aço, o trigo, o ferro e a soja. Por que não valeria para o petróleo?

O governo fraco, de um presidente encurralado por denúncias de corrupção, deu um subsídio de R$ 0,46 no litro do diesel para beneficiar caminhoneiros autônomos. Legal isso! Escondeu, porém, do distinto público que o subsídio beneficiará quem não precisa.

Beneficiará o poderoso e riquíssimo agronegócio que usa diesel nas suas máquinas. Beneficiará as riquíssimas empresas de transporte de cargas. Beneficiará as lucrativas empresas de ônibus que compram o diesel direto das distribuidoras.

(Por sinal, o “rei dos ônibus” do Rio de Janeiro, o empresário Jacob Barata Filho, transborda felicidade. Primeiro porque foi solto três vezes pelo ministro Gilmar Mendes. Segundo pelo subsídio. Terceiro porque o preço da passagem no Rio aumentou ontem.)

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O subsídio beneficiará também os ricos e milionários que tem carro importado a diesel. Porque, aos caminhoneiros, não beneficiará, por mais que o governo diga que multará os postos que não reduzam o preço do diesel. Quer um exemplo disso?

Na semana que antecedeu a greve, um amigo meu, no Rio, comprou duas caixas de morangos por R$ 3,99 cada. Na semana passada, a caixa custava R$ 9,99. Ontem, R$ 7,99. E sabe o que é pior? As pessoas acham que tudo voltará à normalidade.

O economista Pedro Parente reconstruiu a Petrobras – ou pelo menos resgatou sua credibilidade e eficiência. E foi por isso que caiu. Sua queda deve-se a acertos, não a erros. O governo arrombou a porta da Petrobras e isso é um péssimo sinal.

A direita brucutu e a esquerda burra se uniram para exigir a cabeça de Parente, e levaram. Continuarão unidas, desta vez exigindo a cabeça de Temer. Foi isso o que ele conseguiu.

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