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Por Coluna
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Resenha (por Tânia Fusco)

O covid, o capitão e sua tropa

Por Tânia Fusco
Atualizado em 30 jul 2020, 18h52 - Publicado em 16 jun 2020, 11h00

Estúpido, de linguajar chulo e autoritário, portador de simplórios atributos intelectuais, de boca suja a cuspir palavrões, insanidades e acusações levianas. Ingrato. Incapaz de qualquer palavra de agradecimento ou apoio aos que labutam contra a pandemia.

Covarde, inepto, incapaz, cínico, medíocre, apologista da tortura, beócio, pútrido, miserável, obscurantista. Soldado bisonho, marchando em círculos, acompanhado de um pelotão de coveiros, a administrar cemitérios lotados e negar os fatos.

As (des)qualificações todas apareceram em texto e gravação que rolaram pelo Whatsapp, semana passada.  Atribuído a médicos intensivistas do Ceará, o desabafo tinha como título “Por que não te calas, estúpido?

Os profissionais da saúde respondiam ao presidente da república que recomendou   invasões aos hospitais e UTIS  para verificar se os leitos estão mesmo ocupados por vitimas da covid 19.

A proposta foi atendida por membros do seu ativo pelotão de coveiros. Alguns hospitais foram invadidos e vandalizados.

“É burro se achando cavalo pela ferradura”. *

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Com 90 dias de quarentena – forte aqui, frouxa ali – o país soma mais de 44 mil mortos e 900 mil casos registrados da doença.

Crescem o medo, o susto e a angústia com nossas doenças graves – o covid, o capitão e sua tropa.

Aos costumes, no domingo, para dar o tom em mais uma semana de absurdos, a coveiragem  atacou com fogos o prédio do STF. Sara Fernanda Giromini à frente. A moça já foi quase de tudo na vida. Agora é radical de direita.

“Trancou a porta do passado. Mudou fechadura”.*,

Sara diz-se “base (armada) de Bolsonaro”. Espetaculosa, cravou um Winter ao seu nome para homenagear famosa espiã nazista – Sarah Winter.

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“Gengiva que come amendoim não pode mudar se ganhar dentadura¨.*

Falastrona e atrevida, antes havia ameaçado o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por tê-la incluído nas investigações sobre as Fake News, comandadas por ele.

Membro do clã dos beócios bufões, Abraham Weintraub, Ministro da Educação, também foi à rua no domingo, em outra manifestação contra o STF e tudo que não diz amém ao seu capitão.

Foi sem máscara. Desafiando o covid, juntou e abraçou gente.

Na segunda-feira, Sara foi presa.

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“Não tenta botar essa banca sem ter estrutura”.*

Weintraub, que já havia sugerido “prender os bandidos todos, começando pelo STF”, acordou multado em 2 mil reais pelo Governo do GDF.

“Cuidado pra sua represa não dar rachadura.”

O capitão avaliou que a ida do ministro ao ato “não foi prudente”. Olha só quem fala (em prudência)?

“Comia carne com nervo e agora me diz que não come gordura”.

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O ministro balança. Pode dançar.

No meio do melê sem fim, militares da reserva dispararam manifesto contra o ministro Celso de Mello, do STF, relator do inquérito sobre as denúncias de Sergio Moro. Como já é demais sabido, o ex-marechal da Lavajato, na saída,  delatou o chefe. Apontou convicção de interferência politica do PR na PF.

“Lenço de pano ruim não serve pra terno de alta costura”.*

Foram 78 os oficiais de pijama que assinaram o manifesto – 12 brigadeiros, cinco almirantes, três generais e outros.

“Defeito de rosto esquisito só fica bonito na caricatura”.*

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*Os versos são do samba  “Tá chique demais”, do compositor carioca, Mosquito.

Comia carne com nervo e agora me diz que não come gordura.

Tá chique demais, mas quando era pobre não tinha frescura.

Já catou xepa pra poder comer verdura.

Já jantou resto de almoço,

Passeou de viatura.

Tá chique demais…

Lenço de pano ruim não serve pra terno de alta costura

Gengiva que come amendoim não pode mudar se ganhar dentadura

Não tenta botar essa banca sem ter estrutura

Cuidado pra tua represa não dar rachadura

Trancou a porta do passado

Mudou fechadura

Tá jogando água no óleo fervendo, não vai reclamar se tiver queimadura

É burro se achando cavalo pela ferradura

Contrato de queijo pra rato sem assinatura

É pato comendo banana pra ver se segura

Defeito de rosto esquisito só fica bonito na caricatura.

 

Tânia Fusco é jornalista 

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