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Onde está o general promovido a ministro interino da Saúde?

Enquanto isso, o coronavírus avança

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 18h51 - Publicado em 25 jun 2020, 09h00

Foi mais uma entrevista, a de ontem, com a presença apenas de técnicos do Ministério da Saúde encarregados de explicar por que na semana passada disseram uma coisa e agora foram obrigados a dizer o oposto. Há mais de um mês que o general Eduardo Pazzuello, ministro interino da Saúde, prefere não dar as caras.

Os técnicos haviam dito que o avanço do coronavírus no país estava sendo contido ou pelo menos estabilizado. Uma semana depois, reconheceram que está havendo um aumento expressivo da doença. O total de mortos é de 53.874, 1.103 nas últimas 24 horas. De contaminados, quase 1 milhão e 200 mil.

Um relatório do Tribunal de Contas da União apontou a falta de diretrizes do governo federal no combate ao coronavírus. E disse que  que a ausência de médicos e especialistas em cargos-chave no Ministério da Saúde é preocupante. Ali, Pazzuelo já empregou mais de 30 militares. Sempre cabe mais um.

O curioso é que Pazuello só não foi efetivado como ministro porque os generais da ativa e muitos da reserva se opuseram. Pazuello é da ativa. Os generais não querem ligar a imagem do Exército ao fracasso do combate à pandemia. Como se a essa altura ainda fosse possível.

Segundo o ministro Vital do Rego, autor do relatório aprovado unanimemente por seus pares de tribunal, o Comitê de Crise montado pelo governo não elaborou diretrizes claras e objetivos estratégicos para o enfrentamento ao Covid-19.

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Sem um modelo de gerenciamento integrado de riscos, poderão ser adotadas “decisões ineficientes e ineficazes levando a uma baixa efetividade nas ações de prevenção e combate à doença e desperdício de recursos públicos”.

O Comitê de Crise, comandado pelo general Braga Neto, chefe da Casa Civil da presidência da República, não conta com a participação de médicos, sanitaristas e técnicos da área. Vital do Rego desabafou ao apresentar seu relatório:

– Não tem nenhum profissional da saúde, não tem nenhum secretário de saúde, não tem nenhum médico aqui que possa esclarecer uma dúvida a respeito das prioridades das ações. Há uma briga desde o começo, um jogo de responsabilidades…

O ministro criticou a falta de transparência do governo na divulgação dos dados, e lembrou que a divulgação dos números totais de mortos e de infectados chegou a ser suspensa e só voltou depois de uma determinação da Justiça.

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Os brasileiros mais afetados pelo vírus são os pretos, pardos, pobres e sem estudo, registra a pesquisa Pnad-Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São eles também os que mais sentem o impacto econômico da pandemia.

Entre os 4,2 milhões de brasileiros que apresentaram sintomas da doença em maio, 70% deles eram de cor preta ou parda. Apenas 12,5% das pessoas que relataram sentir os sintomas têm ensino superior completo ou pós-graduação.

A Organização Mundial da Saúde voltou a repetir que o pico da primeira onda do coronavírus ainda não chegou ao Brasil. Mas o presidente Jair Bolsonaro não parece se importar com isso. No momento, importam mais seu filho Flávio e o parceiro Queiroz, preso há uma semana.

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