Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO

Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

O recuo do recuo de Temer

Não é que ele voltou a pensar outra vez em ser candidato à reeleição? Pois sim...

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 22 Maio 2018, 08h00 - Publicado em 22 Maio 2018, 08h00

Em menos de seis meses, Michel Temer passou da condição de presidente no fundo do poço a candidato à reeleição, para dar o dito pelo não dito há coisa de um mês se tanto, e para nas últimas 48 horas se declarar em dúvida sobre se o melhor para ele não seria manter-se no páreo.

Sim, nos últimos dois anos, Temer já provou à farta que não tem ideia fixa, o que necessariamente não é ruim. Adota uma e depois a descarta diante de pressões ou de dificuldades para levá-la adiante. Presidentes anteriores consideravam o recuo uma derrota. Temer não liga.

O que importa para ele é simular uma relevância que já perdeu há muito tempo. Conseguiu mantê-la até ser gravado aconselhando o empresário Joesley Batista a “ter que manter isso, viu”. Ou seja: seguir dando dinheiro a Eduardo Cunha para que não delatasse. Perdeu-a depois.

Não se conformou com o ostracismo antes do tempo – e foi então que inventou a história de ser candidato à reeleição. Espantoso! Como um presidente com mais de 70% de rejeição, e com menos de 3% de intenção de voto nas pesquisas, poderia pensar em se reeleger?

Mas Temer é Temer e suas circunstâncias. Uma vez candidato, continuaria no jogo, dando e recebendo cartas. E – quem sabe? – resgataria parte da importância perdida em algum momento do processo eleitoral. Seu apoio não seria de todo desprezível desde que discreto.

Continua após a publicidade

Nos últimos dois meses, ante o risco de vir a ser denunciado por corrupção pela terceira vez, anunciou que estava repensando suas candidatura e que talvez desistisse dela. Ontem, voltou a sugerir que poderá ser obrigado a ir em frente. Obrigado por quem, Deus do céu?

Por seu partido, o PMDB, seguramente não é. O partido quer mais é gastar a fortuna do Fundo Partidário para eleger deputados federais, senadores e governadores. Poderia tolerar a candidatura a presidente do ex-ministro Henrique Meirelles porque ele pagaria suas próprias contas.

Não há um só outro partido entre os mais de 30 disponíveis que deseje a companhia de Temer como candidato a qualquer coisa. Temer virou palavrão, coisa ruim, sinônimo de todos os males, culpado por todas as desgraças do país. Injusto e cruel que seja assim, mas é assim que é.

O mais é esperneio, estrebucho na maca, dores da frustração, choro de quem perdeu o bonde da História.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.