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Por Coluna
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O Pacto Biruta

Lá vem Cancún

Por Maria Helena RR de Sousa
Atualizado em 30 jul 2020, 19h41 - Publicado em 31 Maio 2019, 10h00

O Adelio Bispo, depois de muitos exames, recebeu o atestado de insano. Sempre achei que esse seria o diagnóstico dado a um alucinado que no meio de uma multidão investiu contra o candidato Jair Bolsonaro e o esfaqueou. Mas não é que tem quem duvide da insanidade do infeliz? Quem você acha que é mais biruta, o Adélio ou quem duvida da sua terrível condição psicológica?

Vou logo dizendo que duvido de quem duvida da situação do Adélio; para mim Adélio é louco e quem disso duvida, é, no mínimo, biruta.

Alguns desses birutas são membros do Governo Federal. É só ler os jornais com cuidado e muita atenção. Vejamos:

1) Ontem o capitão se reuniu para estabelecer um pacto com os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal. Pacto evidentemente vazio, já que nenhum desses senhores pode assinar um pacto entre esses poderes sem antes levar o tema do pacto a amplo debate. É o próprio Pacto Biruta.

2) O presidente Bolsonaro, com aquele estilo linguístico que adota desde capitão, declarou: “quantos aqui votaram em mim até eu sendo o mais ruim. O menos ruim, melhor dizendo…”. Ué, mas não foi o Carluxo 02, com sua enorme habilidade, quem elegeu o pai? E ele por acaso admite que seu candidato “era o mais ruim”? Duvido. Ao contrário, acho até que ele acha que seu pai é o máximo dos máximos. O 02 é um filho amoroso.

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3) Em cinco meses de governo, quais as medidas positivas tomadas pelo capitão? Confesso que estou com dificuldade em recordar alguma medida que preste. Talvez porque tudo que é dito é desdito ou no mesmo dia ou no dia seguinte bem cedinho. O que impede o cidadão de gravar na memória as ideias do capitão.

Gravei as medonhas:
a) flexibilização da posse e do porte de armas. O que, por mais otimistas que sejamos, sabemos que isso vai permitir que milicianos e demais criminosos disponham de mais armas e munições do que já têm;

b) a remoção do COAF das mãos do ministro Moro para as mãos do ministro da Economia – é de custar a crer, já que o COAF foi uma das melhores armas da Lava-Jato. Ainda é mais biruta ler que Sergio Moro não se aborreceu com essa mudança;

c) a proibição de mais lombadas nas estradas federais. Como não consigo acreditar que o objetivo seja a permissão de mais velocidade nas estradas, fico tentando imaginar qual seria o objetivo do capitão;

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d) a criação de uma Cancún tupiniquim? Na Baía de Angra dos Reis? Quer dizer, estragar uma das mais lindas paisagens que existem no mundo? Para que? Para o Brasil arrecadar alguns dólares a mais? Quem seriam os afortunados proprietários dessa aberração, uma Cancún em Angra? Tudo isso corre muito risco enquanto houver canetas BIC em nossas papelarias;

e) falta mencionar a performance do ministro Weintraub que competiu com Gene Kelly sob um belo guarda-chuva. Ao som de uma das mais queridas músicas do cinema, o ministro queria mesmo era proibir os estudantes de se manifestarem em horário escolar. Ou simplesmente de se manifestarem.

E se a chuva virar uma tempestade, ministro? Seu guarda-chuva aguenta?

 

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa é professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005.  

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