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Moro e Dalagnol x Hackers: as vozes de Eliana, Heleno e do estádio

Os furacões perderam força

Por Vitor Hugo Soares
Atualizado em 30 jul 2020, 19h39 - Publicado em 15 jun 2019, 11h00

No meio da saraivada de críticas disparadas sobre as cabeças do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador federal Deltan Dalagnol, dentro e fora do País – desde a noite de domingo, quando explodiu o “informe de imprensa” do site Intercept com foco na Lava Jato – foi possível perceber: estava aceso o estopim de escândalo político, jurídico e de comunicação que se pretendia (alguns ainda pensam assim) com a força das tempestades da natureza que recentemente devastaram Moçambique e outras áreas africanas já semi-destruídas e levadas à miséria por governantes perversos com seu povo e, e m geral, “corruptos por completo ”, para usar a expressão de sábios sertanejos nordestinos, e atualmente em voga em Brasília.

Verifica-se neste final de outra esquentada semana junina: os furacões perderam força. Pelo andar da carruagem e dos signos do poder – no Palácio do Planalto, no STF e no Congresso,  mas também nas imagens do barco singrando as águas do Lago Paranoá, antes da medalha de honra afixada pelo presidente no peito de Moro, a nota do general Augusto Heleno, os aplausos no Mané Garrincha e as pesquisas – , tudo indica que a Nação atravessará, sem maiores abalos, a zona de turbulência de outro temporal político. Com mais raios e trovões do que inundações capazes de causar grandes perdas e danos. A conferir.

Meio indiferente às predições de cassandras, que pipocam de todo lado, mas sem querer passar por otimista ou ingênuo de carteirinha, prefiro dar ouvidos a vozes que escuto há mais tempo, conheço mais de perto e confio mais, neste e em outros episódios suspeitos, confusos e dramáticos, da vida nacional. Uma delas, a da ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon. Capaz, digna e corajosa contemporânea dos bancos acadêmicos desde os anos históricos em que este rodado profissional cursava, ao mesmo tempo, as faculdades de Direito e de Jornalismo da UFBA.

Eliana postou mensagem “Aos Amigos” na sua rede social, manchete política da Tribuna da Bahia, na edição de quarta-feira, 12. A ex-corregedora nacional do STJ espalha luz no quase caos dos primeiros momentos do escândalo, que na definição do argentino El Clarin, “colocou na mira a Lava Jato, maior investigação da história sobre a corrupção no Brasil”, depois que hackers invadiram celulares e grampearam conversas privadas de Moro e Delagnol, através do aplicativo Telegram. E de muita gente mais, incluindo jornalistas e políticos.

A jurista da Bahia recomenda calma e firmeza nesta hora, e chama de “armadilhas” as denúncias publicadas pelo site “The Intercept Brasil”. Compara o atual quadro brasileiro, dos diálogos hackeados, com a técnica usada na Operação Mãos Limpas, na Itália, para desmoralizar os investigadores, depois de uma grande limpeza. “Nada há de suspeito ou ilegal nos diálogos haqueados criminosamente. Temos de ter calma e firmeza, para vencer as armadilhas preparadas pelos que estão em  desespero ao perderem o poder e estão sendo descobertos pela Justiça séria que comanda a Lava Jato. Não podemos cometer o erro dos italianos, alerta Eliana Calmon.

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E cita, com refinada ironia, a frase genial de Millôr Fernandes, que ela afirma ter visto  e anotou no meio do escândalo para atingir Moro, Dalagnol e a Lava Jato: “No Brasil, a culpa não é do rato, é do queijo”. Ponto!

 

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol.com.br

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