Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Noblat Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Moro crava mais estacas no peito de Bolsonaro

E pede para ser lembrado pela escolha que fez de deixar o governo

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 18h54 - Publicado em 25 Maio 2020, 08h20

Definitivamente, o último fim de semana não foi dos melhores para o presidente Jair Bolsonaro. Jamais apanhou tanto nas redes sociais como na noite da sexta-feira logo depois da exibição do vídeo que prova que ele interferiu politicamente na Polícia Federal e que é capaz de dizer 37 palavrões em pouco mais de duas horas de reunião.

No sábado, ainda sob o impacto das críticas, visitou um dos ministros e um dos seus filhos numa quadra residencial da Asa Sul, em Brasília. Comeu um cachorro quente no meio da rua para mostrar que se comporta como um homem comum. À chegada e à saída às pressas, foi recepcionado pelo tilintar de panelas e ouviu desaforos.

No domingo pela manhã, sobrevoou de helicóptero a Esplanada dos Ministérios para avaliar o tamanho de mais uma manifestação a seu favor encomendada aos devotos de sempre. Deu-se conta que era pequena. À noite, recolhido ao Palácio da Alvorada, ligou a televisão e enfureceu-se com mais um golpe que Sérgio Moro lhe aplicou.

Desta vez, em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, Moro acusou Bolsonaro de ter enfraquecido a agenda de combate à corrupção, uma de suas mais caras promessas de campanha. E de recusar-se a enxergar o verdadeiro tamanho da tragédia provocada pela pandemia do Covid-19. Moro chamou-o de “negacionista”.

Ao governo, segundo Moro, talvez devido à posição pessoal de Bolsonaro, faltou um plano para enfrentar a doença. E continua faltando. Bolsonaro errou ao demitir em meio à pandemia dois ministros da saúde em pouco mais de um mês. Como erra, agora, ao se aliar a políticos de reputação duvidosa para não cair.

Continua após a publicidade

Perguntando por que, durante a reunião ministerial de abril último, nada disse quando ouviu o ministro da Educação achincalhar o Supremo Tribunal Federal, e o do Meio Ambiente sugerir o desmonte de regras contra o desmatamento uma vez que a imprensa só tinha olhos para o vírus, Moro respondeu mais ou menos assim:

– Aquele ambiente era desfavorável ao contraditório.

E por que nada disse quando Bolsonaro deu a entender que interviria na Polícia Federal e aproveitou para olhar na sua direção? Moro voltou a repetir que o ambiente era marcadamente desfavorável ao contraditório. Se conhecia a biografia de Bolsonaro, por que Moro aceitou o convite para servir ao seu governo?

– Eu tinha uma missão a realizar – respondeu.

Continua após a publicidade

Arrependeu-se de ter aceitado o convite?

– Fiz uma escolha, como fiz a escolha de sair. Espero ser lembrado por essa…

Por fim, como de hábito, driblou a pergunta sobre se será ou não candidato nas eleições de 2022. Só não será se lhe faltaram condições para tal. Se não for, estará do lado oposto ao de Bolsonaro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.