Uma vez terminada a maratona de quatro sessões do Supremo Tribunal Federal dedicadas ao assunto, ministros em clima de descontração, uns vitoriosos, outros batidos, concordaram ao afirmar que cessaram os motivos para que Lula continue preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
“Lula livre, já”, resumiu um deles, sorridente, mas falando sério. Advogados estrelados que acompanharam o julgamento também foram unânimes em concluir: os dois mais poderosos e decisivos votos foram os dos ministros Celso de Mello e Rosa Weber. E o grande vencedor foi o ministro Gilmar Mendes.
Se Gilmar não tivesse antecipado há meses que votaria pelo fim da prisão em segunda instância, o resultado teria sido outro. Como teria sido outro se há meses ele não fustigasse os procuradores da Lava Jato acusando-os de abusar de suas prerrogativas e de formarem uma espécie de instância independente da Justiça.