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Por Coluna
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Joaquim joga Ciro e Haddad nos braços um do outro

Chegará o dia em que Haddad, que tem mandato de Lula para tratar de alianças, se sentará para conversar com Ciro

Por Helena Chagas
Atualizado em 26 abr 2018, 14h00 - Publicado em 26 abr 2018, 14h00

Há muito não se via um Ciro Gomes tão calmo e sereno como o desta semana, repetindo com humildade que não espera ter o apoio do PT já no primeiro turno, e que o partido de Lula tem o direito de ter seu candidato, mesmo que o ex-presidente fique de fora da cédula. Também estão perfeitamente dentro de um script diplomático as negativas educadas do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad em relação à aliança com Ciro, em cuja chapa poderia entrar como vice. Acredite quem quiser. Neste momento, cabe aos dois fazer esse discurso.

Afinal, Lula acaba de ter uma vitória na Segunda Turma do STF, que tirou das mãos de Sérgio Moro os trechos da delação da Odebrecht que citam o ex-presidente, esvaziando duas ações nas quais o juiz estava prestes a condená-lo: a da reforma do Sítio em Atibaia e a que investiga a suposta compra de um terreno para o Instituto Lula.

Uma lufada de otimismo refrescou os petistas, criando esperanças de que o ex-presidente venha a ser solto logo e, quem sabe, de que possa até vir a ser candidato. Embora essa última hipótese continue remota, porque exigiria uma difícil reviravolta também no caso do triplex, se antes, no PT, já não era hora de falar em Plano B, agora menos ainda.

O impaciente Ciro, portanto, vai ter que ter paciência e esperar. Mas chegará o dia em que Haddad, que tem mandato de Lula para tratar de alianças, se sentará para conversar com ele em termos mais concretos do que os da segunda-feira passada, no escritório do ex-ministro Delfim Netto em São Paulo, na presença de economistas como Bresser Pereira.

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Por mais curioso que pareça, se chama Joaquim Barbosa o sujeito do timing dessa aliança. Quanto mais rapidamente o ex-ministro do STF decidir anunciar sua candidatura pelo PSB, mais apressará o namoro entre Ciro e os petistas. O encontro desta semana, aliás, teve tudo a ver com as últimas rodadas de pesquisa, apontando o bom desempenho de Joaquim já na largada. Pelo sim, pelo não, quem não tinha pressa resolveu conversar.

Poucos duvidam hoje que Joaquim Barbosa será o candidato do PSB, e que tem boas chances de sacudir o quadro e ir parar no segundo turno. Por outro lado, embora os petistas não admitam abertamente, são mínimas as chances de que venham a apoiar ou fazer parte da chapa do ex-ministro, ainda que por um partido aliado.

Nos últimos dias, nas conversas internas, os dirigentes petistas deixaram transparecer a enorme mágoa que têm de Joaquim, o ex-relator do Mensalão que colocou na cadeia companheiros como José Dirceu, José Genoíno, João Paulo e outros. Não tem jogo entre eles, embora, estrategicamente, não seja hora de tornar isso público.

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Com Jair Bolsonaro e Joaquim Barbosa competitivos, com chances de segundo turno, o que resta ao PT e a outros representantes da esquerda para chegar lá? Fazer uma aliança consistente em torno de um nome viável nas pesquisas.

Quem? Ciro Gomes. O ex-governador do Ceará e ex-ministro dos governos petistas, que também perde seus nacos com a candidatura Joaquim, já percebeu isso. Começou a maneirar no discurso de provocação e tenta marcar uma visita a Lula na cadeia. Um romance que vão ficar devendo ao cupido Joaquim Barbosa.

Helena Chagas é jornalista desde 1983. Exerceu funções de repórter, colunista e direção em O Globo, Estado de S.Paulo, SBT e TV Brasil. Foi ministra chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (2011-2014). Hoje é consultora de comunicação 

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