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Janaína e a Lava Jato da Educação: abalos no começo do ano letivo

Batalha intestina

Por Vitor Hugo Soares
Atualizado em 30 jul 2020, 19h54 - Publicado em 16 mar 2019, 12h00

Janaína Paschoal, renomada professora e advogada – com respaldo de mais de 2 milhões de votos em sua histórica presença como deputada  na Assembléia de São Paulo – levantou a voz alguns decibéis a mais, para defender a “Lava Jato da Educação”. Alerta relevante neste insano começo de ano letivo, manchado de sangue, pelo massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na quarta-feira (13) e marcado, também, pelos  tiroteios verbais e ações cerradas da guerra interna envolvendo núcleos decisivos do poder, pelo comando das diretrizes do MEC, chefiado por Ricardo Velez Rodríguez, um ministro acossado por todos os lados.

Estilo leve e direto, tanto na fala quanto nas mensagens que dispara nas redes sociais, Janaína escreveu, em seu Twitter, de legiões de seguidores fiéis que ela chama de Amados: “Eu não estou entendendo bem o que está ocorrendo no Ministério da Educação. Só digo uma coisa: seja quem for o ministro, sejam quem forem seus assessores, esta CPI precisa sair”. É fácil notar:  cargas de dinamite misturadas com litros de nitroglicerina pura, deixados debaixo da ponte. E um ambiente sufocante de tensões e expectativas, à espera do resultado da arriscada empreitada bélica.

A exemplo das cenas antológicas sobre a guerra civil na Espanha, descritas no romance “Por quem os Sinos Dobram”, do notável escritor e atirador norte americano, Ernest Hemingway. Ou das cenas dramáticas no cinema, na adaptação do livro, no Cult dirigido por Sam Wood, com a dupla romântica Gary Cooper e Ingrid Bergman, em inesquecíveis cenas e diálogos amorosos, enquanto o mundo pega fogo ao redor.

Vida real: não falta quem veja “uma mexida de mestre” na atitude da advogada de acusação no processo de impeachment que culminou com o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto – encerrando o ciclo de quase 15 anos de mando do petismo. Movimento crucial no  cabo- de- guerra dentro do governo, entre a chamada “ala militar” e o grupo liderado pelo pensador e guru do denominado “Clã Bolsonaro”, Olavo de Carvalho. Este, instalado nos EUA, outra carga ambulante de explosivos nas redes sociais.

Nesta batalha intestina – na qual um dos lados conta agora com a valiosa participação de Janaína – nada custa lembrar: a “Lava Jato da Educação” é, originalmente, uma idéia do atual ocupante do Palácio do Planalto. Para Jair Bolsonaro, o setor educativo e do ensino em geral, mas principalmente o ambiente acadêmico, vem sendo “massacrado pela ideologia de esquerda, que divide para conquistar. Enaltece o socialismo e tripudia o capitalismo”.  Neste contexto, segundo o presidente, “a formação dos cidadãos é esquecida e prioriza-se a conquista dos militantes políticos”. Máquina de poder político e ideológico, segundo os defensores da operação, azei tada com muita corrupção e desvios de finalidades de montanhas de dinheiro, principalmente nas universidades públicas. Mais explosivos sob a ponte.

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Neste domingo, 17,  Bolsonaro embarca para os Estados Unidos – onde mora o guru Olavo de Carvalho – com agenda carregada de encontros, homenagens e assinaturas de acordos na Casa Branca do aliado presidente Donald Trump. Na seleta comitiva ao centro do poder do mundo vai o ministro da Justiça, Sérgio Moro, ex-juiz que entende de Lava Jato como ninguém. O resto a conferir no retorno.

 

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol.com.br

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