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Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Desta vez haviam se passado apenas 12 horas da prisão do empresário Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto, o homem do caixa 2 do PSDB de São Paulo, quando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltá-lo.
Mas fora a pressa, a decisão do ministro não surpreendeu ninguém. Preso pela primeira vez em 6 de abril, Paulo Preto fora solto por Gilmar no último dia 11. Pouco importa as razões do ministro para libertá-lo duas vezes. Cada juiz, uma sentença.
De resto, o gatilho mais rápido do centro-oeste para soltar já disparou várias vezes no passado. Foi até mais rápido em julho de 2008 quando duas vezes em dois dias mandou soltar o banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, e mais 10 pessoas.
Em dezembro último, Gilmar bateu seu recorde. Libertou pela terceira vez o empresário Jacob Barata Filho, considerado o “rei dos ônibus” do Rio de Janeiro. Foi um duelo emocionante travado por ele e o juiz Marcelo Bretas que mandara prender.
O caso de Paulo Preto terá impacto maior não porque é o mais recente, mas dado ao calendário. Uma vez preso pela primeira vez, o empresário dera sinais de que delataria. E se o fizesse, causaria problemas para Geraldo Alckmin, candidato do PSDB a presidente.
Paulo Preto é investigado por desvios de R$ 7,7 milhões da estatal rodoviária de São Paulo entre 2009 e 2011. Em uma conta secreta na Suíça, acumula R$ 113 milhões. Havia sido preso pela segunda vez por ter ameaçado testemunhas. O PSDB estava em pânico.
Passou o pânico.
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