Ultimamente recolhida a um silêncio prudente, a pastora Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, arriscou-se a quebrá-lo para dar uma força ao presidente Jair Bolsonaro, tão criticado por suas ideias bizarras.
“Se o Supremo Tribunal Federal é igualitário, por que não ter um ministro evangélico?” – perguntou Damares a um grupo de jornalistas carentes de ouvir sua voz. Acrescentou que a nomeação não teria como critério o aspecto religioso, “mas a capacidade”.
A ser assim, o ministro não precisaria ser evangélico, nem católico, nem ateu. Bastaria ter conduta ilibada e notável conhecimento jurídico. Se Damares insiste que além de tudo ele deva ser “terrivelmente evangélico” como sugere Bolsonaro, por que não…
+ Um trans como ministro da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos?
+ Um pai de santo na chefia da Casa Civil?
+ Um budista no comando do Exército?
+ Uma Testemunha de Jeová no Ministério da Saúde?
+ Um pajé na presidência da Funai?
Se a resposta de Damares for “sim” a todas essas provocações, que venha o ministro “terrivelmente evangélico”.