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Por Coluna
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Derrota e traição (por José Casado)

Lula abandona Tatto, Bolsonaro apaga lista

Por José Casado
Atualizado em 18 nov 2020, 19h44 - Publicado em 17 nov 2020, 10h00

Vai ser preciso tempo para compreender a mensagem dos eleitores embutida no novo mapa do poder nas cidades. Ela contradiz as expectativas de coerência com o resultado das urnas de 24 meses atrás.

Não à toa, um par de protagonistas da eleição de 2018 amargou o gosto da desilusão. Jair Bolsonaro e Lula acabaram surpreendidos pelo eleitorado, que parece se inspirar nos versos de Nelson Sargento: “Nosso amor é tão bonito, você finge que me ama e eu finjo que acredito.”

Bolsonaro apelou no último dos seus comícios eletrônicos no Palácio da Alvorada: “Se quer me fortalecer, fortaleça nossos candidatos”. Logo assistiu à derrota de 69% dos seus prediletos para prefeituras. Viu-se reduzido a peso morto para os mais fiéis, como Celso Russomanno. Confirmou sua alta rejeição, antecipada nas pesquisas em São Paulo (54%), Rio (42%), Belo Horizonte (44%) e Salvador (65%). Passou recibo ao apagar das redes a lista de candidatos que apoiava.

Isolado, dentro e fora do país, Bolsonaro agora está mais dependente do bloco parlamentar conhecido como Centrão para definir seu rumo. Como a paralisia custa caro demais, terá de escolher se vai liderar ou entregar o governo ao Centrão para ter algum esteio partidário na campanha pela reeleição. Em qualquer cenário, pagará o preço da insistência em governar na realidade paralela, entre parentes e milicianos.

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Lula é outro cujo andor ficou pesado demais para ser carregado até às urnas. Raros petistas obedeceram à ordem do partido para exibir na propaganda eleitoral, paga pelos contribuintes, a sua defesa privada em múltiplos casos judiciais de corrupção.

São Paulo ainda votava, quando Lula abandonou o petista Jilmar Tatto. Culpou-o pela derrota e juntou-se a Guilherme Bolos, do Psol, na passagem ao segundo turno. “Vergonhoso”, ouviu-se no PT. Orlando Silva, candidato derrotado do PCdoB, não perdoou: “Até a guerra tem regra. Não se atira num inimigo caído, nem se abandona companheiro ferido. Para se afastar da derrota, se oferece a cabeça do companheiro?” Em política, traição é inesquecível.

Transcrito de O Globo

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