Depois da cloroquina, os Bolsonaro apostam em spray nasal
Enquanto isso, aproxima-se o apocalipse sanitário
Há pouco mais de uma semana, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que mandaria uma comitiva a Israel atrás de um spray nasal que estaria operando milagres no tratamento da Covid.
Como a Justiça cobrou-lhe melhores explicações a respeito, ele passou a dizer que a comitiva discutiria acordos na área de ciência e tecnologia e trocaria informações sobre vacinas.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos integrantes da comitiva, a primeira coisa que fez ao chegar por lá foi confirmar o interesse do governo do seu pai pelo tal do spray.
A comitiva é chefiada por Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, que ontem foi advertido por um funcionário do governo israelense para que usasse máscara em prédios públicos.
Segundo o Zero Três, “o novo medicamento, chamado EXO-CD24, tem tido uma eficiência perto de 100% nos primeiros testes com relação ao combate à Covid-19”. Foi o que ele leu num folheto.
Até agora, a droga foi testada apenas em 30 voluntários em estado grave internados no Hospital Ichilov. O inventor da droga diz que 29 deles se recuperaram em três a cinco dias.
A direção do hospital está interessada em testar a droga no Brasil cujo povo é famoso “por ser miscigenado, com material genético bem diversificado”, justificou Eduardo.
Não há tratamento preventivo contra o vírus que tenha se revelado eficaz em parte alguma do planeta, assevera a Organização Mundial da Saúde.