O presidente Jair Bolsonaro queria o PSL para chamar de seu partido. Não que preze partidos. Antes do PSL, em 26 anos de vida pública, foi filiado a oito partidos.
Mas o PSL elegera 53 deputados federais e quatro senadores. Antes só tinha um deputado. Resultado: tornou-se um partido com muito dinheiro dos fundos partidário e eleitoral. Uma fortuna.
Como acabou derrotado por Luciano Bivar (PE) na briga interna pelo controle do PSL, Bolsonaro decidiu sair para criar um novo partido cujo nome será “Aliança pelo Brasil”.
Não há caso de manifesto de lançamento ou de programa de partido na história do Brasil onde esteja escrito que ele servirá para unir “pessoas leais” ao presidente da República de ocasião.
Pois no manifesto do partido de Bolsonaro e dos seus filhos é o que está escrito. Nada demais. Na Era Bolsonaro, nada de fato é demais porque tudo é sem precedente. A começar por Bolsonaro.
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral e advogados especialistas no assunto duvidam que “Aliança pelo Brasil” fique pronto até março, de modo a poder disputar as próximas eleições municipais.
Quem liga se não ficar? Nem Bolsonaro liga. Por ora, o embrião do novo partido serve para que ele teste a fidelidade dos que se elegeram pelo PSL. O seguirão? Ficarão onde estão?
O plano de Bolsonaro é apoiar quem se alinhe incondicionalmente com ele independentemente de partido. Sua turma acima de tudo, só abaixo de Deus. Por ela fará campanha, e ponto.
Não foi mais ou menos assim na eleição do ano passado? Bolsonaro aposta que o fenômeno poderá se repetir em 2020 e em 2022 quando tentará se reeleger.
Só como farsa a História se repete. Porém…