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Bolsonaro ignora a lição de que as consequências vêm depois

Péssimo aluno de História, mas não só

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h02 - Publicado em 5 abr 2020, 08h00

Façam suas apostas: quanto tempo mais levará o presidente Jair Bolsonaro para detonar uma nova confusão capaz de alvoraçar seus devotos cativos em número cada vez menor, e despertar os instintos mais rudes dos seus desafetos que só fazem crescer?

Se não acordar, hoje, de maus bofes, caso continue a ouvir a opinião dos militares que o detém, Bolsonaro completará três dias de silêncio externo e de fúria represada no Palácio do Planalto onde dá expediente e no Palácio da Alvorada onde mora.

Ah, se as paredes falassem. Elas contariam sobre a paranoia de Bolsonaro que só fez se agigantar desde que o coronavírus desembarcou no país. Por que chegou tão rápido e com qual intenção? Quem garante que fará o mal alardeado?

Em grupo de WhatsApp, Bolsonaro referiu-se ao Covid-19 como “o vírus chinês”. O filho Eduardo Bolsonaro, o Zero Três, copiou o pai e desatou uma crise diplomática para lá de dersastrosas com a China logo na hora que o Brasil mais precisa da sua ajuda.

Nem por isso desagradou ao pai. Bolsonaro não tira da cabeça que o vírus faz parte de uma grande conspiração para abreviar seu atual mandato. Conspiradores são todos os que o criticam aberta ou veladamente, e até mesmo alguns dos que o aconselham.

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O general Braga Neto, chefe da Casa Civil, está no comando das ações contra o coronavírus. Paulo Guedes, ministro da Economia, parece ter acordado para o que lhe cabia fazer. Mandetta, ministro da Saúde, ainda está nos cascos – mas até quando?

Bolsonaro finge que governa, mas por ora está sendo governado. Dentro de mais duas ou três semanas, a crista da primeira grande onda do vírus estará à vista de todos. O sistema de saúde entrará em colapso. E aí… Aí seja o que Deus quiser.

Só então cairá a ficha dos que fizeram ouvidos moucos ao isolamento social decretado por governadores e prefeitos, recomendado pelas principais autoridades médicas do país e sabotado pelo presidente em conluio com pastores evangélicos.

Quando as avozinhas passarem a morrer nas áreas faveladas de grandes cidades, virá a baixo, ali, o atual modelo de organização e de funcionamento da vida econômica e social. São elas que criam os netos para que os pais possam trabalhar ou fazer bico.

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A etapa seguinte será a da procura dos culpados por uma situação que nem em sonhos acreditou-se que seria possível. Sobrará para muitos. Sobrará menos para os que se anteciparam à desgraça. Sobrará preferencialmente para os que desdenharam dela.

Apresente-se, Bolsonaro! O senhor não disse que, salvo os idosos, os demais deveriam voltar a trabalhar para que a Economia não parasse? Não disse que o calor dos trópicos mataria o vírus? Não o chamou de uma “gripezinha”, “um resfriadinho”? E agora?

Agora, aguente as consequências. E reze para que seu governo ou desgoverno não desmorone antes do tempo.

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