A contratação de internautas para elogiarem o governador do Piauí, candidato à reeleição, é o primeiro ato conhecido nesta eleição dos aloprados do PT, encarregados do trabalho sujo.
Foi Lula que batizou de aloprados seus companheiros de partido como se nada tivesse a ver com eles. Em 2006, quando tentava se reeleger, gente de sua campanha forjou um dossiê contra o PSDB.
Com ele pretendia-se ligar bandidos que superfaturavam os preços de ambulância a Geraldo Alckmin (PSDB), candidato a presidente, e a José Serra (PSDB), candidato a governador de São Paulo.
A Polícia Federal prendeu militantes do PT e uma mala de dinheiro que pagaria pela confecção do dossiê. Como sempre, Lula mostrou-se indignado e surpreso. O caso deu em nada.
Em 2010, nova patifaria foi descoberta, dessa vez envolvendo gente ocupada em eleger Dilma Rousseff. Abortou-se a tempo mais um golpe contra Serra, então candidato a presidente.
Uma coisa é dispor de elementos para investigar a vida dos adversários – todo candidato dispõe. Outra bem diferente é dispor de elementos para falsificar fatos e influir no resultado das urnas.
As redes sociais estão repletas de mentiras. Mas em tempo de eleição, a lei proíbe que propaganda a favor de candidatos seja apresentada como se propaganda não fosse.
Internautas receberam dinheiro para fazer de conta que elogiavam espontaneamente o governador do PT no Piauí. Ele mesmo declarou que isso fora iniciativa “da moçada da direção do PT”.
Os aloprados da estrela voltaram. Ou melhor: eles jamais saíram de cena.