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A ponte para o futuro era uma pinguela que ruiu

Tudo poderia acontecer, inclusive nada

Por Ricardo Noblat
27 Maio 2018, 23h09

Poderia acontecer, no extremo, de o governo cair. Se pudessem dar um jeito, ainda mais a poucos meses de eleições, a maioria dos deputados e senadores se livrariam do peso de um governo impopular que só lhes custa votos.

Mas, não. Cadê coragem? Ocupados em seduzir eleitores, só agiriam se ocorresse algo parecido com junho de 2013 quando milhões de brasileiros, à revelia de partidos e sindicatos, foram às ruas protestar contra tudo e contra todos.

É o que o governo mais temia. E ainda teme, embora não seja o mais provável. As pessoas estão armadas de celulares. A greve dos caminheiros consolidou o WhatsApp como meio de guerrilheira urbana. De resto, não se vai às ruas sem gasolina.

Por livre vontade, governo algum se suicida. Temer acabaria cedendo para além do que imaginara. O compromisso número um de qualquer chefe de governo é sobreviver, disse-me um dia o ex-presidente José Sarney. Que sobreviveu – mas a que custo!

Governo já não há desde que em maio do ano passado Temer disse ao empresário Joesley Batista: “Tem que manter isso aí, viu?” Há um presidente, rejeitado à direita e à esquerda, rodeado de áulicos incompetentes, e empenhado em ficar.

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Para tal, entregará o que for necessário. Os anéis já se foram, os dedos e mais um pouco irão agora. Temer tentou negociar. Negociação implica em ceder aqui, perder ali. Ele perdeu tudo. Rendeu-se. O Tesouro que pague. Ou seja: cada um de nós.

O preço a pagar será o enfraquecimento da Petrobras? Pague-se. A volta da inflação? Fazer o quê? O fim da racionalidade econômica? Que seja. A ameaça ao uso da força foi um blefe. Não havia armas. Nem combustível para movê-las.

Um novo presidente será eleito em outubro próximo. Legitimado pelo voto, ele que arque com a herança maldita deixada por Dilma (PT) em sociedade com Temer (PMDB), que por sua vez não teve capacidade de dar conta do recado.

Saudado por panelaços, um vice-presidente decorativo foi confirmado na noite deste domingo como presidente decorativo. Quem se propôs a unificar um país dividido, dividiu-o ainda mais. A ponte para o futuro era uma pinguela que ruiu.

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