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Por Renata Lucchesi
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J-Bay Open: muito mais que tubarões

A etapa começa no dia 6 e vai até o dia 17 de julho e marca o retorno de Mick Fanning ao local onde foi atacado por um tubarão em julho do ano passado.

Por Renata Lucchesi
Atualizado em 30 jul 2020, 22h21 - Publicado em 5 jul 2016, 22h35
Mick Fanning na semifinal de J-Bay no ano passado (Foto: WSL/ Kirstin)

Mick Fanning na semifinal de J-Bay no ano passado (Foto: WSL/ Kirstin)

A etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, estreou no tour em 1984. Desde então, o evento fez parte do calendário do circuito mundial em 18 temporadas, mas nunca houve uma edição tão aguardada como a deste ano, que começa no dia 6 (por volta das 2h30 da manhã de quarta no Brasil) e vai até o dia 17 de julho. Isso porque o J-Bay Open de 2016 marca o retorno de Mick Fanning ao local onde foi atacado por um tubarão em julho do ano passado. O acidente contribuiu para que o surfista australiano anunciasse, em fevereiro, que não participaria de todas as etapas neste ano, para focar em sua vida pessoal. Criou-se, então, uma grande expectativa: Mick voltaria à J-Bay?

A resposta é sim. O tricampeão mundial chegou a Jeffreys Bay uma semana antes do início da competição. No segundo dia de treinos, Fanning machucou o tornozelo e, mais uma vez, sua presença na sexta etapa do tour virou dúvida. O surfista investiu pesado em fisioterapia e acredita que estará pronto para a primeira bateria do evento, contra o americano Conner Coffin e o brasileiro Alejo Muniz.

A World Surf League (WSL) também se diz pronta para evitar novos ataques de tubarões durante as baterias. Depois de conversas com os atletas, a organização optou pela permanência da etapa no calendário de competições, mas reforçou a segurança dentro da água. Pela primeira vez, será usada a “boia inteligente”, que usa um sonar para detectar a aproximação de animais e envia um sinal para a base costeira. Além dessa tecnologia – que custou cerca de 40 mil dólares –, a WSL investiu em um maior monitoramento com fiscais, câmeras e até helicópteros. Por fim, cada atleta terá um jet ski a sua disposição, para que não precise entrar no mar remando.

Mas nem só de tubarões é feita a etapa de J-Bay (você já viu a quantidade de golfinhos que brincam naquele mar gelado? No ano passado, durante a bateria entre Bede Durbidge, Jordy Smith e Ricardo Christie no primeiro round, eles roubaram a cena! É possível ver a “invasão” aos 9:15 deste vídeo. O pico tem uma das direitas mais perfeitas do mundo, longa e veloz. E isso, é claro, favorece os surfistas regulares – aqueles que surfam com o pé esquerdo na frente da prancha. Apenas um goofy footer – que posiciona o pé direito na frente – venceu a etapa de J-Bay: o australiano Mark Occhilupo, na estreia do evento, em 1984. De lá pra cá, Kelly Slater ganhou quatro vezes e Mick Fanning três (ou três e meia, se considerarmos a final do ano passado, adiada após o ataque de tubarão). O sul-africano Jordy Smith e o australiano Joel Parkinson faturaram a etapa duas vezes cada um. Entre os brasileiros, o melhor colocado foi Peterson Rosa, que foi vice-campeão em 2000. Adriano de Souza, o Mineirinho, já venceu um evento do QS, a segunda divisão do surfe, em Jeffreys Bay, em 2012.

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A etapa de J-Bay marca a metade do circuito mundial e os resultados obtidos por lá serão fundamentais para a briga pelo título mundial de 2016. Foi na África do Sul, por exemplo, que Gabriel Medina deu início à sua recuperação no ranking em 2015, após amargar resultados inexpressivos na primeira metade do ano. Nesta temporada, quem chega a J-Bay com a lycra amarela é o australiano Matt Wilkinson. Apenas dois surfistas podem tirar a liderança de Wilko já nesta etapa: Gabriel Medina, que vem embalado por uma vitória em Fiji, e o havaiano John John Florence, que foi campeão no Rio de Janeiro.

Kelly Slater e Mick Fanning também contam com J-Bay para continuar subindo no ranking. O americano, que estava em 35º lugar, saltou para 26º após conquistar um terceiro lugar em Fiji, a quinta etapa do ano. Já o australiano foi de 23º para 17º e está na zona de classificação para o ano que vem, mesmo tendo participado de apenas três eventos até agora.

Confira as baterias do primeiro round do J-Bay Open

1. Mick Fanning (AUS), Conner Coffin (EUA), Alejo Muniz (BRA)
2. Italo Ferreira (BRA), Miguel Pupo (BRA), Ryan Callinan (AUS)
3. John John Florence (HAV), Kanoa Igarashi (EUA), Keanu Asing (HAV)
4. Adriano de Souza (BRA), Josh Kerr (AUS), Kai Otton (AUS)
5. Gabriel Medina (BRA), Dusty Payne (HAV), Alex Ribeiro (BRA)
6. Matt Wilkinson (AUS), Davey Cathels (AUS), Steven Sawyer (AFR)
7. Filipe Toledo (BRA), Kelly Slater (EUA), Matt Banting (AUS)
8. Adrian Buchan (AUS), Kolohe Andino (EUA), Jadson André (BRA)
9. Jordy Smith (AFR), Wiggolly Dantas (BRA), Adam Melling (AUS)
10. Caio Ibelli (BRA), Joel Parkinson (AUS), Jeremy Flores (FRA)
11. Julian Wilson (AUS), Nat Young (EUA), Jack Freestone (AUS)
12. Sebastian Zietz (HAV), Michel Bourez (TAH), Stu Kennedy (AUS)

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